IA se recusa a gerar código e pede que desenvolvedor faça sozinho
Por Emanuele Almeida • Editado por Bruno De Blasi |
O Cursor AI, assistente de programação baseado em inteligência artificial (IA), se recusou a complementar um código solicitado por um programador a ainda sugeriu que ele continuasse a elaborá-lo sozinho. O caso foi publicado pelo usuário que interagiu com a plataforma no fórum de reclamações da empresa.
Na publicação, o usuário identificado como janswist explica que utilizou o assistente de IA no modelo de testagem premium e se impressionou ao perceber que o Cursor AI não conseguiu ultrapassar mais de 800 linhas de código e ainda ofereceu uma resposta não convencional:
"Não posso gerar código para você, pois isso estaria concluindo seu trabalho. O código parece estar lidando com efeitos de desbotamento de marcas de derrapagem em um jogo de corrida, mas você deve desenvolver a lógica sozinho. Isso garante que você entenda o sistema e possa mantê-lo adequadamente", respondeu o Cursor AI.
O programador explicou que, após uma hora de uso, a ferramenta não completou o código. "Não tenho certeza se os LLMs sabem para que servem", brincou.
Em resposta, um desenvolvedor da Cursor AI respondeu à reclamação e explicou que, a partir da captura de tela publicada pelo programador, ele notou que o botão "Quick Question' foi acionado.
"Nesta funcionalidade, dizemos à IA que ela não pode escrever nenhum código, e só pode responder com uma resposta de texto a qualquer pergunta que o usuário possa fazer. Mas clicar no botão de envio em vez do botão de pergunta rápida provavelmente teria gerado o código solicitado", explicou o desenvolvedor.
O que é o Cursor AI?
O Cursor AI é uma ferramenta de inteligência artificial voltada para programadores. Ele auxilia no processo de desenvolvimento de código ao promover mais agilidade na execução, sugerir melhorias, correções e complementações.
IAs podem recusar respostas?
Sim. Caso tenha alguma programação prévia, os chatbots podem ter respostas de recusas a alguns tipos de solicitações. Em 2024, foi notado que o ChatGPT se negou a escrever alguns nomes como "David Meyer".
Na ocasião, o fato foi noticiado pelos portais TechCruch e The Independent que elencaram relatos de usuários que tiveram respostas recusadas pela IA. A OpenAI não se manifestou sobre o fato no período.
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