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Cientistas criam IA para prever as próximas grandes novidades em tecnologia

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 04 de Agosto de 2021 às 18h01

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Flickr/Deepakiqlect
Flickr/Deepakiqlect

A “futurologia” é uma brincadeira que se faz na tentativa de acertar previsões tecnológicas do futuro. Na maioria das vezes, as pessoas erram as apostas porque a sociedade muda e as prioridades seguem esse fluxo. Mas um grupo de pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveu uma inteligência artificial capaz de dizer o que deve bombar em alguns anos.

Em estudo publicado na plataforma ScienceDirect, os cientistas avaliaram quantitativamente o potencial futuro de 97% do sistema de patentes dos Estados Unidos. O registro é o primeiro passo para o desenvolvimento de um produto promissor, afinal a propriedade intelectual só é garantida após este ato formal.

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O algoritmo foi criado com base em noções de probabilidade, aprendizagem de máquina e processamento de linguagem neural. Tudo isso foi colocado no mesmo pacote e aplicado sobre os dados de patentes para prever quais potenciais inovações têm mais chances de vingar.

A pesquisa é importante porque pode dar uma boa noção a empreendedores, pesquisadores, investidores e autoridades do que esperar em termos tecnológicos nos próximos anos. O conteúdo foi compilado em um banco de dados no qual as pessoas podem encontrar previsões de melhorias em setores tecnológicos bem específicos.

Esmiuçando patentes

Para conseguir chegar a um resultado verdadeiro, os estudiosos dividiram as patentes em 1.757 domínios tecnológicos distintos. Cada um era composto de invenções que cumprem alguma função específica dentro de um ramo do conhecimento científico.

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Dentro desse universo, eles separaram quais são as patentes mais importantes, aquelas que, se derem certo, vão impactar muitas outras. No geral, essas invenções são fundamentais para delimitar o que havia antes e depois delas — é um conceito chamado "centralidade".

Por exemplo: a Netflix só existe porque antes houve uma criação que possibilitou o streaming de vídeos online. Embora tenha a aperfeiçoado, a empresa não foi quem criou a tecnologia, mas foi a partir dessa invenção que a indústria audiovisual mudou.

O levantamento encontrou percentuais de potencial tecnológico que variam bastante, com uma média geral de 19% ao ano. Quanto maior o percentual encontrado, maior a chance de haver inovações futuras rápidas no ramo econômico. No segmento de “tratamento da pele — depilação e rugas”, a taxa de inovação ficou em apenas 2% ao ano, enquanto no setor de “troca de informações dinâmicas e sistema de suporte integrado de vários canais” ficou em 216%.

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As tecnologias relacionadas à Internet em geral e ao gerenciamento de redes corporativas devem avançar rapidamente nos anos seguintes, contudo, são os setores de produção de chips e criação de software os cabeças na evolução tecnológica, segundo o levantamento do MIT.

Portanto, quem estiver disposto a ganhar muito dinheiro deve concentrar seus investimentos nessas áreas futurísticas. Vale lembrar que o estudo descartou algumas áreas com menos de 100 patentes, por isso ainda pode existir alguma inovação em estágio embrionário que passou batido.

Fonte: ScienceDirect, MIT