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Alexa exibe recurso sinistro que imita vozes de pessoas mortas

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 23 de Junho de 2022 às 14h20

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Rafael Damini/Canaltech
Rafael Damini/Canaltech

A Amazon revelou um recurso experimental da Alexa de reprodução da voz de parentes falecidos dos usuários. O objetivo é usar a inteligência artificial da assistente virtual para simular conversas com quem já morreu a partir de pequenas gravações de áudio.

A empresa demonstrou o funcionamento durante a conferência anual Amazon re:MARS 2022. No exemplo do vídeo abaixo, uma criança pede para a Alexa ler uma história de ninar com a voz avó morta. Em vez da tradicional voz, um som semelhante a uma idosa faz leitura.

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Segundo o cientista-chefe da Amazon para Inteligência Artificial da Alexa, Rohit Prasad, um dos recursos mais importantes para assistentes virtuais é a humanização. Na visão de Prasad, um recurso como este é fundamental para trazer mais conforto emocional, principalmente em "tempos de pandemia, quando muitos perderam alguém que ama".

O vídeo divulgado no evento é uma mistura de momento fofo com doses de estranheza e espanto. Todo recurso voltado para pessoas falecidas tem esse mix de sentimentos, porque assusta por um lado, mas pode ajudar a superar a depressão e o luto.

IA de conversar com mortos é incerta

A Amazon apenas demonstrou a tecnologia na prática, mas não disse se pretende tornar pública para a finalidade demonstrada. O objetivo, na verdade, é mostrar a capacidade de aprender a imitar a voz de alguém a partir de uma única gravação com um minuto.

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Conseguir 60 segundos de voz de alguém não parece ser tarefa difícil, já que muitos áudios enviados pelo WhatsApp tem duração bem mais longa. Este é um dos lados preocupantes da IA: poderia o recurso ser usado para prejudicar outras pessoas?

Nas redes sociais, as opiniões se dividem entre os saudosistas, dispostos a conversar com parentes falecidos, e quem se diz apavorado com os rumos tomados pela tecnologia de mimetismo, bem como as conversas robóticas naturais. De fato, o deepfake de áudio e vídeo está em um nível tão avançado que as pessoas sequer conseguem diferenciar, como o perfil do TikTok que imita a atriz Margot Robbie.

Hoje, há aplicativos no mercado capazes de clonar vozes ou fazer você soar como o Morgan Freeman. O rival Google também impressionou recentemente ao trazer o Duplex para o Brasil, uma IA que literalmente conversa com as pessoas para obter dados sobre o funcionamento de estabelecimentos comerciais.