Universidade Federal de Goiás terá supercomputador da NVIDIA para projetos de IA
Por Gustavo Minari • Editado por Douglas Ciriaco | •
A Universidade Federal de Goiás (UFG) inaugurou uma nova infraestrutura com tecnologia da NVIDIA para desenvolver projetos de inteligência artificial (IA). O Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA) da UFG será a primeira instituição na América Latina a utilizar a versão inédita do supercomputador NVIDIA DGX A100.
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O equipamento que possui 80 GB de memória é considerado o servidor de IA mais rápido mundo, com um poder de processamento equivalente ao de 100 mil computadores convencionais, como aqueles que as pessoas têm em casa ou no escritório. A ideia é usar essa máquina poderosa em projetos de automação de textos jurídicos, sintetização de voz artificial e reconhecimento de fala.
“Atualmente é difícil realizar projetos de IA de ponta sem o uso de GPUs potentes e modernas como a NVIDIA A100. A DGX será utilizada 24 horas por dia, 365 dias por ano, com toda sua capacidade comprometida até meados de 2023. Esperamos processar algo em torno de 20 TB de dados por mês”, comenta o Coordenador do Centro de Excelência em IA da UFG Anderson da Silva Soares.
Investimento pesado
O supercomputador adquirido com investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e com recursos do governo estadual custou R$ 1,4 milhão. Segundo a UFG, já foram fechados contratos que arrecadaram um valor superior ao que foi investido, com retorno previsto até o final de 2022.
Uma versão anteiro da GPU (uma DGX-1), adquirida em 2017, trouxe um retorno direto oito vezes maior que o dinheiro aplicado para sua compra. Com o novo modelo DGX A100, a ideia é usar toda a capacidade de processamento não só para pequisa, mas também em projetos da indústria.
“O Brasil todo se beneficiará muito desse avanço tecnológico. Os alunos, pesquisadores e cientistas de dados poderão exercer suas pesquisas de forma prática e muito mais eficiente. Ao mesmo tempo, as empresas têm a possibilidade de se tornarem mais competitivas no mercado, já que contam com profissionais melhores e podem criar projetos de inovação avançados”, acrescenta Soares.
DGX A100
O equipamento criado pela NVIDIA é um sistema universal que pode ser usado para todas as cargas de trabalho de IA, oferecendo densidade de computação, desempenho e flexibilidade com capacidade 5 petaFLOPS de processamento. Integrando oito GPUs A100 com até 640 GB de memória, o sistema é totalmente otimizado para o software NVIDIA CUDA-X.
O supercomputador possui adaptadores de rede Mellanox ConnectX-6 com 500 gigabytes por segundo de largura de banda bidirecional. Além disso, as CPUs AMD 64 Dual Core possuem 3,2 vezes mais núcleos para impulsionar trabalhos de inteligência artificial mais intensivos e complexos.
Segundo a NVIDIA, grandes empresas, provedores de serviços e agências governamentais já utilizam o DGX A100 em sistemas automatizados de transporte, saúde e manufatura, além de instituições de ensino e centros de pesquisa focados no desenvolvimento de aplicações de inteligência artificial.