Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Tecnologias de ponta como motor para o futuro das indústrias

Por| 10 de Dezembro de 2020 às 10h00

Link copiado!

Pixabay
Pixabay

*Por Andrea Cavallari

A indústria vem usando a tecnologia de maneira consistente para alimentar a inovação e otimizar ao máximo a produção e as operações. Esse movimento de conectar alta tecnologia ao processo de produção industrial é chamado de Indústria 4.0 e está baseado em conectividade, sensores inteligentes, IoT (Internet das Coisas), inteligência artificial, big data, impressão 3D e resposta automática a eventos em tempo real.

Toda essa tecnologia está proporcionando às indústrias transformar o jeito de produzir e gerir linhas de produção. Saem de cena os modelos tradicionais, com pessoas operando sistemas e tecnologias, enquanto as grandes máquinas no chão de fábrica processam matéria-prima de forma mecânica, para dar lugar a um novo contexto. Agora, com a combinação de edge computing e Inteligência Artificial/Machine Learning (AI/ML), as máquinas e os indivíduos estão cada vez mais integrados, e realizam esse trabalho em
conjunto.

Continua após a publicidade

Corrigindo rotas em tempo hábil

Um exemplo de como essa transformação beneficia os negócios está na possibilidade de descobrir eventuais erros na linha de montagem de maneira proativa, contribuindo para melhorar a qualidade dos produtos e reduzindo eventual tempo de inatividade por meio da manutenção preventiva. Caso ocorra uma queda nas comunicações com um local central/principal, por exemplo, as fábricas individuais podem continuar operando.

Essa revolução de processos e dados exige, contudo, muitos sistemas complexos e dashboards operacionais cada vez mais sofisticados, com acesso a partir de celulares e tablets. Ao contrário dos sistemas industriais antigos, que eram construídos sob medida e gerenciados por tecnologia de operações (OT), as soluções modernas não só coletam, analisam e agem com base em dados obtidos a partir das máquinas, plantas industriais e chão de fábrica, como proporcionam uma junção dos recursos físicos e virtuais que otimizam a utilização de armazéns, fábricas e frotas.

Os sistemas fabris atuais devem refletir as melhores práticas de um ambiente de TI moderno baseado em containers, desenvolvimento ágil, inteligência artificial e automação. Todas estas tecnologias, coincidentemente, são componentes da nuvem híbrida, uma estrutura de TI que pode ser usada para diferentes segmentos de mercado.

Continua após a publicidade

Insights que geram ações

Em linhas gerais, a Inteligência Artificial amplia o conceito de máquinas sendo capazes de realizar tarefas de uma forma considerada "inteligente". Já o Machine Learning (ou aprendizado de máquinas, em português) é a aplicação ou sistema que captura e armazena informações para indicar de forma automática as melhores ações a serem tomadas. Esta aplicação efetua análise de dados históricos (data analytics) e, baseada nesta análise, sugere a tendência dos fatos.

É por isso que dizemos que a "maquina está aprendendo". Na verdade, o software está analisando dados e indicando o comportamento que se repetiu mais vezes. Essa identificação proativa de padrões e eventos gera os chamados insights, que auxiliam os colaboradores das fábricas a realizar ações mais efetivas, evitando desperdícios e interrupções no processo fabril.

Escalabilidade sem surpresas

Continua após a publicidade

O que é feito em uma única fábrica ou região pode ser escalado para diversos locais de forma consistente e automatizada, por meio da conectividade entre sistemas e sensores. Com a tecnologia atual, é possível ativar ou desativar novas máquinas com base nos dados de demanda de produção, por exemplo, evitando que funcionários sejam deslocados para essa tarefa específica.

Com processamento e análises em tempo real, é possível monitorar pedidos, materiais, status de maquinário e entregas, além de prevenir falhas por meio da manutenção preditiva, antecipando eventos e agindo antes que ocorram na linha de produção. Pessoas e equipamentos podem ser monitorados continuamente e muitos problemas podem ser detectados com antecedência.

Para que se tenha poder de escalabilidade, é necessário gerenciar de forma inteligente os recursos e possuir a menor intervenção manual possível, com sistemas de mensagens sofisticados, armazenamento robusto para dados, uso de nuvem computacional e machine learning integrados.

Novas possibilidades

Continua após a publicidade

O open source fornece uma gama enorme de softwares que podem ser empregados nas indústrias, desde nuvem hibrida a automação. Com a tecnologia de código aberto, é possível combinar diferentes softwares e criar um verdadeiro processo industrial AI/ML, baseado em edge, com sensores e a nuvem híbrida aberta, tornando as plantas industriais prontas para atender os desafios atuais e também futuros.

Recente estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que, dos 24 setores industriais brasileiros, 14 estão atrasados na adoção de tecnologias digitais. Esse grupo é responsável por cerca de 40% de toda produção industrial do país, segundo o IBGE, o que significa dizer que quase metade de tudo o que a indústria brasileira produz ainda não é resultado de uma realidade digital plenamente automatizada. Um cenário complexo em meio à acelerada transformação digital, que requer agilidade para se destacar no mercado.

O fato é que ainda há um grande caminho de modernização e transformação digital da indústria no Brasil a ser percorrido. Nessa jornada, o open source pode contribuir como fonte fundamental de inovação e de soluções rápidas para aquelas indústrias que estão passando por esta mudança.

*Andrea Cavallari é Diretora de Soluções e Tecnologias Emergentes para América Latina na Red Hat