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Conheça a tecnologia da NVIDIA que promete criar um multiverso virtual

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 12 de Agosto de 2021 às 15h59

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Reprodução/NVIDIA
Reprodução/NVIDIA
Tudo sobre Nvidia

Se você é fã de filmes de ficção científica, provavelmente já ouviu falar sobre o metaverso, uma réplica virtual do nosso mundo que se funde com a realidade e funciona como uma espécie de ambiente de teste para o mundo físico. Nele é possível criar cenários digitais incríveis, projetos futuristas e produtos inimagináveis utilizando um ecossistema 3D, capaz de conectar pessoas separadas geograficamente.

O termo foi popularizado no mundo todo graças ao Second Life, um jogo/espaço virtual lançado em junho de 2003 como uma iniciativa promissora que simulava a vida social dos seres humanos por meio da interação entre avatares. Recentemente, jogos on-line como Fortnite, Minecraft e Roblox começaram a refletir alguns conceitos básicos dessa ideia de sobrepor diferentes realidades em um mesmo ambiente.

Agora, a criação do Nvidia Omniverse como a primeira plataforma de simulação e colaboração virtual pretende dar vida ao metaverso como ambiente imersivo, sem vínculos com lugares físicos ou digitais, conectando mundos 3D em um universo compartilhado em tempo real e por um grande número de pessoas.

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“O metaverso se tornará uma plataforma que não está vinculada a nenhuma aplicação ou lugar único, digital ou real”, explica o vice-presidente de tecnologia de simulação da Nvidia, Rev Lebaredian. “E assim como os lugares virtuais serão persistentes, o mesmo acontecerá com os objetos e as identidades daqueles que se movem por eles, permitindo que bens e identidades digitais se movam livremente de um mundo virtual para outro, com realidade aumentada.”

Omniverse

O Nvidia Omniverse é um "mundo paralelo" que se conecta com a realidade, permitindo que desenvolvedores e pessoas comuns experimentem ambientes virtuais que se parecem e se comportam exatamente como no mundo físico. O conceito básico promete facilitar a execução de tarefas em equipe, com vários profissionais trabalhando no mesmo projeto ao mesmo tempo, a quilômetros de distância.

Esse sistema funciona em três partes. A primeira delas é o Omniverse Nucleus, um mecanismo de banco de dados que conecta os usuários e permite o intercâmbio de ativos 3D e descrições de cenas, como modelagens, sombreamento, iluminação e efeitos especiais para a criação de ambientes realistas em um mesmo espaço virtual.

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A segunda parte do Omniverse da Nvidia é o dispositivo de composição, renderização e animação, que utiliza tecnologias das placas gráficas RTX para dar “vida” ao sistema de simulação do mundo virtual, que roda na nuvem e transmite remotamente para qualquer dispositivo compatível.

O Nvidia CloudXR é terceira parte, com um software e um servidor dedicado de streaming para transmitir conteúdos de realidade estendida de aplicações OpenVR para dispositivos Android e Windows. Esse sistema permite que o usuário entre e saia do ambiente virtual. “Você pode se teletransportar para o Omniverse com realidade virtual, e inteligências artificiais (IA) podem se teletransportar para fora do Omniverse com realidade aumentada”, explica Lebaredian.

Mundo real

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A NVIDIA já se associou à BMW para criar uma réplica de sua fábrica na Alemanha. A montadora pretende usar o Omniverse para experimentar novos fluxos de trabalho. Se os resultados no metaverso forem bons, eles serão aplicados na planta física. A ideia é criar um “gêmeo digital”, uma cópia virtual da fábrica, para otimizar os processos de produção.

Na Foster + Partners, empresa de design e arquitetura que projetou a nova sede da Apple em Cupertino, na Califórnia, designers em 14 países diferentes trabalham em equipe para criar projetos e edifícios juntos, compartilhando um espaço virtual colaborativo desenvolvido dentro do Omniverse.

Já a Industrial Light & Magic começou os testes com o Omniverse para reunir grupos de ferramentas internas e externas de vários estúdios. O ambiente virtual permite que eles colaborem, renderizem tomadas finais em tempo real e criem conjuntos digitais massivos como holodecks e portais de transição com o mundo real.

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Integração com robôs

Os mundos virtuais criados no Omniverse são ideais para o treinamento de robôs, já que eles são desenvolvidos obedecendo às leis da física. Nesses ambientes digitais é possível simular partículas e fluidos, materiais e até máquinas mais complexas, como se elas estivessem em fábricas de verdade.

No metaverso da Nvidia, usuários podem criar um mundo virtual onde robôs movidos por cérebros de inteligência artificial aprendem a lidar com seus ambientes reais ou digitais. Depois que as “mentes” desses robôs são treinadas no Omniverse, os especialistas em robótica podem carregar esses cérebros e conectá-los a um robô real.

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“Esses robôs virão em todos os tamanhos e formas, motores de caixa, empilhadeiras, carros, caminhões e até edifícios. No futuro, uma fábrica será um robô, orquestrando muitos robôs em seu interior, construindo carros que também são robôs. Tudo isso poderá ser testado antes nos diversos mundos virtuais do Omniverse”, completa Rev Lebaredian.

Essa mistura entre humanos, robôs e inteligência artificial em um metaverso digital promete ampliar a noção de realidade no futuro. O acesso a mundos paralelos, em ambientes que convergem na mesma direção, pode se transformar no novo “normal” daqui a alguns anos. Uma experiência real, menos concreta e mais virtual.

Fonte: Nvidia