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Nova bateria usa água doce e salgada para gerar eletricidade

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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charlesdeluvio/unsplash
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A energia pode vir de onde se menos espera, como das variações da temperatura ambiente ou até da umidade do ar. Um estudo da Guangxi University (China) leva isso a outro nível ao mostrar uma bateria que pode gerar energia através do sal encontrado em estuários, onde os rios de água doce se fundem com o mar.

Os cientistas desenvolveram uma membrana especial que funciona como uma espécie de "folha" muito fina — uma barreira que deixa passar apenas algumas coisas. Essa membrana pode absorver a energia da diferença de sal entre a água doce e a água salgada, como se ela capturasse a energia desse encontro entre os dois tipos de água e a transformasse em eletricidade.

A membrana é feita de várias camadas e permite que íons e elétrons se movam separadamente. Isso aumenta a eficiência na geração de eletricidade.

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Nos testes, essa membrana gerou duas vezes mais energia do que as membranas convencionais. Além disso, mostrou resistência e eficácia mesmo após 16 dias debaixo d'água.

Segundo os pesquisadores, as descobertas aumentam a variedade de materiais naturais que podem ser utilizados para criar membranas e aumentam a eficiência da captação do que chamam de energia osmótica.

Energia osmótica

A energia osmótica é uma forma de energia renovável que aproveita a diferença de concentração de sais entre duas soluções líquidas, geralmente água doce e água salgada.

Quando essas soluções são separadas por uma membrana semipermeável, os íons de sal tendem a se mover da solução mais concentrada (água salgada) para a menos concentrada (água doce) para equalizar a concentração de sais. Esse movimento cria uma pressão conhecida como pressão osmótica.

Então a energia osmótica pode ser capturada quando a membrana permite que a água passe, mas não os íons de sal. Quando a água se move através da membrana para equalizar a concentração de sais, a pressão osmótica é convertida em energia mecânica ou elétrica.

Essa forma de energia é considerada uma fonte de energia limpa e renovável, pois é gerada pelo fluxo natural de água e não requer a queima de combustíveis fósseis, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

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Dito isso, a grande expectativa dos cientistas chineses é que a nova tecnologia possa ajudar na produção de energia limpa e sustentável, amiga do meio ambiente.

Fonte: ACS Energy Letters