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Cérebros artificiais também precisam "dormir", aponta estudo

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MarTech Today
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Que uma boa noite de sono é muito benéfica ao ser humano, a gente já sabe! No entanto, de acordo com uma nova pesquisa do Laboratório Nacional Los Alamos (localizado em Novo México, na Califórnia, EUA), cérebros artificiais também podem precisar "dormir".

O cientista de computação do Laboratório Nacional Los Alamos, Yijing Watkins, explicou para o portal norte-americano EurekAlert que a equipe estudou redes neurais, que são sistemas que aprendem tanto quanto os cérebros vivos, e ficou fascinada com a perspectiva de treinar um processador de uma maneira inspirada no sistema biológico dos seres humanos.

Acontece que Watkins e sua equipe de pesquisa descobriram que as redes neurais artificiais se tornaram instáveis ​​após períodos contínuos de aprendizado. Quando eles expuseram as redes a um descanso, a estabilidade foi restaurada. "Era como se estivéssemos dando às redes neurais o equivalente a uma boa noite de sono", disse o pesquisador.

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O cientista de computação e coautor do estudo Los Alamos, Garrett Kenyon, acrescenta o seguinte: "A questão de como impedir que os sistemas de aprendizado se tornem instáveis ​​realmente surge apenas quando se tenta utilizar processadores neuromórficos biologicamente realistas, ou ao tentar entender a própria biologia".

Os pesquisadores caracterizam essa decisão de expor as redes ao "sono artificial" como quase um último esforço para estabilizá-las, e os melhores resultados foram obtidos quando usaram ondas do chamado ruído gaussiano (um ruído estatístico cuja função densidade de probabilidade é igual a da distribuição normal, que é também conhecida como distribuição gaussiana), que inclui uma ampla gama de frequências. Eles levantam a hipótese de que o ruído imita a entrada recebida pelos neurônios biológicos durante o sono. O próximo objetivo dos grupos é implementar seu algoritmo no chip neuromórfico Loihi da Intel. Eles esperam que permitir que Loihi durma de tempos em tempos possibilite processar informações de forma estável.

Fonte: EurekAlert

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