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Inteligência artificial é treinada para transformar atividade cerebral em texto

Por| 02 de Abril de 2020 às 20h30

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Pesquisadores da Universidade da Califórnia, na cidade de São Francisco, estão desenvolvendo uma Inteligência Artificial (IA) que pode transformar a atividade cerebral em texto. De acordo com Joseph Makin, co-autor da pesquisa, o sistema pode ajudar na comunicação de pacientes que não conseguem se comunicar verbalmente ou por escrito. O projeto vem sendo financiado pelo Facebook, que apresentou a ideia ainda em 2017.

Os cientistas dizem que ainda não chegaram a um produto final, mas acreditam que o que foi desenvolvido até então pode ser a base de uma futura prótese de fala. O projeto envolveu a participação de quatro voluntários que contam com eletrodos implantados no cérebro para o monitoramento de convulsões epilépticas.

Os participantes dos testes precisaram ler em voz alta 50 frases várias vezes, fazendo então o rastreamento da atividade neural. Os dados obtidos alimentaram um algoritmo de aprendizado de máquina, um tipo de sistema de inteligência artificial que converte a atividade cerebral de cada frase falada em uma sequência de números.

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Inicialmente, o sistema liberou frases sem sentido, com o seu desempenho melhorando conforme foi aprendendo como as sequências de números se relacionavam com as palavras. Os pesquisadores citaram alguns exemplos de como os erros surgiram, como confundir a frase "essas músicas harmonizam maravilhosamente" com "o espinafre era um cantor famoso".

Quanto mais os sistemas forem treinados com voluntários, de acordo com os cientistas, menos treinamento poderá acontecer com o usuário final, sendo menos cansativo e com menores custos. Pesquisadoras dizem que ainda estamos bastante distantes da implementação deste recurso, sendo preciso considerar não só a precisão, como questões éticas.

O Facebook Labs, que está investindo no projeto, conta ainda com outros focos com a mesma tecnologia, pensando em como criar formas de utilizar essa medida de forma menos invasiva.

Fonte: The Guardian, Tech Facebook