Xiaomi prepara terreno para iniciar a produção de seus próprios processadores
Por Bruno Bertonzin | Editado por Wallace Moté | 10 de Junho de 2021 às 11h20
A possibilidade de a Xiaomi voltar a produzir chipsets personalizados ganhou mais força recentemente e alguns indícios apontam para o fato de a marca já ter começado a preparação para o começo das produções do seu próprio processador.
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Atualmente, algumas das fabricantes mais populares do mundo já possuem sua própria alternativa ao Snapdragon da Qualcomm e aos processadores da MediaTek — a Samsung, a Huawei e a Apple já lançam vários smartphones com plataformas móveis feitas por elas mesmas. Além disso, o Google também entraria no jogo ao lançar Pixel 6 e Pixel 6 Pro com chips criados em Mountain View.
Agora, a Xiaomi pode ser a próxima a entrar na disputa para desenvolver um componente em casa para seus celulares e, com isso, não depender do fornecimento de empresas já estabelecidas no mercado. Segundo informações da indústria, a fabricante chinesa já até começou a montar o time que será responsável por essa produção dentro de casa.
É importante destacar, porém, que, apesar de o objetivo principal ser a produção de processadores para celulares, é possível que a empresa comece por baixo, com o desenvolvimento de chipsets para acessórios, que supostamente são mais simples e, consequentemente, não apresentam tantos riscos para uma “reinauguração”.
Mas a Xiaomi não é nenhuma “novata” no desenvolvimento de chipsets...
Embora a empresa ainda esteja cautelosa em voltar a produzir seus próprios processadores, é importante lembrar que essa não é a primeira vez que a ela mergulha de cabeça neste mercado.
Em 2017 a gigante chinesa lançou o seu primeiro processador para celulares, o Surge S1, que fez sua estreia no Xiaomi Mi 5c. Na época, o chipset — que era fabricado com oito núcleos Cortex-A53 que rodava a até 2,2 GHz — chegou com uma performance equivalente ao Snapdragon 625 e ao Helio P20, entregando até mais poder gráfico e melhores características de fotografia.
Desde então a marca não lançou um sucessor para o Surge S1, mas voltou ao segmento no começo do ano após lançar o chip Surge C1, Processador de Sinal de Imagem (ISP) que fez sua estreia com o Mi Mix Fold — primeiro dobrável da marca.
Empresa já começou a preparar o terreno para a produção
De acordo com os relatos, a Xiaomi já começou a recrutar o time que será responsável diretamente pela produção do seu novo processador. Apesar de, no momento, não haver detalhes mais precisos sobre essa equipe, fontes da mídia chinesa também levantam o fato de que a marca também já começou o processo de licenciamento para seu próprio componente com órgãos reguladores de propriedade intelectual.
Agora, resta saber como será, de fato, o retorno da marca ao mercado de processadores e quais serão os primeiros acessórios e celulares a contar com o hardware feito em casa pela chinesa.
Fonte: Phone Arena, Gizmochina