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Xiaomi e OPPO podem lançar chipsets 5G próprios ainda neste ano

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Divulgação/Xiaomi
Divulgação/Xiaomi

Antes uma das maiores marcas de smartphones do mundo, e uma ameaça para gigantes como Samsung e Apple, a Huawei viu sua influência desmoronar no decorrer de 2020 conforme o governo de Donald Trump começou a aplicar inúmeras sanções à China e à própria fabricante.

A empresa não apenas perdeu o acesso aos serviços da Google, por estar impedida de negociar com companhias norte-americanas, como sofreu com a produção de hardware.

Mesmo tendo desenhado o chipset e negociado com fundições asiáticas como TSMC e Samsung, a Huawei não pôde mais produzir seu recém-lançado Kirin 9000, primeiro processador de 5 nm do mundo Android, já que ambas as fundições utilizam tecnologia dos EUA. Desde então, a fabricante desacelerou sua participação no mercado de smartphones e já perdeu espaço para outros nomes de respeito, como a OPPO.

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Essa situação acendeu o alerta de outras companhias chinesas, como a Xiaomi e a própria OPPO, que podem começar a fabricar chipsets ainda neste ano. A informação chega através de relatório do site DigiTimes, que indica ainda que a Unisoc também pretende fortalecer sua participação no mercado com o lançamento de um chip 5G. As três podem buscar por fabricação local na China.

Xiaomi e os chips Surge

O desenvolvimento de um processador próprio não é novidade para a Xiaomi, que já havia mergulhado no ramo em 2017 com o lançamento do Surge S1, parte da iniciativa Pinecone. O chipset estreou junto ao Xiaomi Mi 5C, fabricado no processo de 28 nm da TSMC, e contava com 8 núcleos Cortex-A53 rodando a até 2,2 GHz, acompanhado de uma GPU Mali-T860.

A combinação era surpreendentemente poderosa, equivalente ao Snapdragon 625 e ao Helio P20, mas significativamente superior em processamento gráfico e de fotografia. O projeto, no entanto, ainda aguarda um sucessor. Ainda assim, a companhia já deu sinais de que pretende voltar a investir fortemente no segmento, com a chegada do Mi Mix Fold e do Surge C1.

O Surge C1 é um Processador de Sinal de Imagem (ISP), utilizado para lidar com as câmeras e, no caso do C1, especificamente com a inédita lente líquida do Mi Mix Fold. Por meio do algoritmo chamado "3A", o ISP da Xiaomi promete entregar foco automático de alta qualidade, balanço de branco preciso e exposição automática equilibrada, com eficiência de 100% do processamento de sinal de imagem.

Domínio da Qualcomm pode estar ameaçado

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Mesmo que os chipsets de Xiaomi e OPPO não cheguem ao nível de potência apresentado pelos processadores da linha Snapdragon 800, as iniciativas de desenvolvimento de chips próprios devem afetar seriamente a Qualcomm, que deixará de vender ao menos algumas de suas soluções para ambas as fabricantes. O quadro é agravado pelo fato de que diversas outras fabricantes devem seguir pelo mesmo caminho, incentivadas ainda pelo enorme sucesso do Apple M1 dos mais recentes MacBooks.

A Google seria uma delas, conforme indicam rumores. Em seu Pixel 6, a gigante das buscas pode abrir mão da linha Snapdragon para dar lugar ao processador próprio de codinome "GS101", no qual GS pode se referir a "Google Silicon". A novidade seria desenvolvida em parceria com a Samsung, fabricada no processo de 5 nm da empresa sul-coreana, e ser baseada nas soluções da família Exynos.

Fonte: GSMArena, PhoneArena