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Presidente da AMD, Lisa Su é eleita a CEO de 2024; conheça sua trajetória

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/AMD
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A revista norte-americana Time escolheu Lisa Su, presidente da AMD, como CEO do ano de 2024. A taiwanesa criada nos EUA trouxe grande impacto ao Time Vermelho na indústria de hardware, tirando uma empresa à beira do colapso e a lenvando ao seu melhor momento.

O reconhecimento do trabalho de Su pela Time vem uma década depois que ela assumiu o maior cargo executivo da Advanced Micro Devices (AMD). Em 2014, as ações da companhia estavam avaliadas em US$ 3 e sua participação no segmento de data centers caia para quase 0%. Desde então, as ações da AMD valorizaram 3.700% e hoje a companhia se firma como uma importante player na indústria de servidores e data centers com soluções importantes, como os processadores AMD EPYC e os aceleradores de IA AMD Instinct MI300.

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Mas quem é Lisa Su?

Engenheira elétrica formada pelo famoso MIT (Massachusetts Institute of Technology) com mestrado e doutorado no ramo pela mesma instituição de ensino, Lisa Su passou por diferentes gigantes da tecnologia.

Nos anos 1990, Su atuou no departamento de pesquisa e desenvolvimento da fabricante de semicondutores Texas Instruments e da tradicional IBM. Em boa parte dos anos 2000, a CEO da AMD permaneceu na IBM, mais especificamente na divisão de produtos.

Antes de entrar na AMD, Lisa Su foi CTO e vice-presidente na Freescale Semiconductor entre os anos de 2007 e 2011. Entre 2012 e 2014, assumiu a vice-presidência da AMD, tornando-se CEO em 2014.

"Senti que estava treinando para ter a oportunidade de fazer algo significativo no setor de semicondutores. E a AMD foi a minha chance", disse Su à Time.

Levando a AMD à era Ryzen e ao sucesso

Lisa Su assumiu o maior cargo executivo dentro da AMD na era dos processadores da linha FX, que tiveram péssimo desempenho (literalmente) comparado com os rivais da Intel, que na época passava por uma excelente fase no mercado de CPUs doméstico e para servidores.

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A arquitetura Zen, introduzida com a primeira geração Ryzen em 2017, trouxe inovações na forma como um chip é construído, com diferentes chiplets juntos no empacotamento do processador. As novas CPUs traziam uma quantidade consideravelmente maior de núcleos, forçando a Intel a seguir o mesmo caminho nas gerações seguintes.

De lá para cá, a arquitetura foi otimizada, com aumento de desempenho a cada nova geração de Ryzen e Threadripper, até chegar à quinta e atual geração. Os avanços nesse segmento foram tão grandes e significativos que hoje a AMD domina o mercado brasileiro de CPUs para o público gamer, detendo 65% da preferência do público.

Mas o destaque da AMD comandada por Lisa Su não fica só nesse ramo, já que o Time Vermelho cresceu muito em participação no segmento de data centers com os processadores EPYC, dominando 34% desse mercado na atualidade, saindo de quase nada de uma década atrás.

A AMD também cresceu em outros segmentos, principalmente com os chips gráficos Radeon. Essas placas de vídeo evoluíram em termos de capacidade a nível de arquitetura com os chips RDNA, introduzidos em 2019 com as Radeon RX 5000 e presentes nas placas de vídeo para games até hoje. Além disso, na gestão de Lisa Su, a empresa se tornou líder em solução de gráficos integrados em processadores (APU).

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Por último, mas não menos importante, o atual crescimento e valorização da AMD também acontece no campo de IA com as aceleradoras Instinct MI300 sendo cada vez mas adotadas no mercado, ainda amplamente dominado pela NVIDIA - curiosamente liderada pelo primo de Lisa Su, Jensen Huang.

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Fonte: Time