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Memórias DDR4 ainda têm "alguns anos" de mercado pela frente, diz ADATA

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/XPG
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As memórias DDR4 já estão no mercado há 11 anos e coexistindo com a atual geração DDR5 há quase quatro anos. Já sabemos até as especificações dos chips DDR6, cuja produção em massa será iniciada em meados de 2028, mas a geração anterior ainda tem bastante espaço no mercado, e isso não deve mudar tão cedo. É isso o que acredita a ADATA. 

Em entrevista exclusiva ao Canaltech, uma das maiores fabricantes de semicondutores do país explicou porque as memórias DDR4 seguirão populares em nosso país por um bom tempo.

A principal delas tem a ver com a idade média das máquinas instaladas no Brasil. As últimas gerações de processadores já não suportam essa geração de memória RAM e a demanda continua sendo por configurações mais antigas. Algumas delas ainda são vendidas em nosso mercado, como AMD Ryzen 5000, Intel Core de 12ª, 13ª e 14ª.

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DDR4 ainda é forte em configurações de anos atrás

Algumas fabricantes já anunciaram o encerramento da produção de memórias DDR4 e o preço da fabricação aumentou muito nos últimos meses, justamente por conta da demanda contínua e a baixa oferta, já que os esforços já começaram a ser direcionados totalmente para a atual geração.

"Nós fabricamos DDR4, que sai em muitos PCs e notebooks, além de muitos devices como televisão e celular que ainda usam chip DDR4. A produção vai por mais um tempo ainda", revelou Thiago Tieri, gerente de marketing da ADATA Brasil, ao Canaltech.

Segundo ele, a mudança definitiva para DDR5 no Brasil ainda depende de outros fatores, como "troca de maquinário e toda estrutura fabril, o que gera muito custo". No Brasil, esse último quesito é especialmente importante por conta de impostos e outras dificuldades fiscais. "Por isso, acredito que DDR4 ainda vai ficar por aqui mais alguns anos, eu diria", adiciona Thiago.

Vale ficar de olho em DDR5

Com isso em mente, o representante da ADATA Brasil reforça que a partir de dois anos para frente, já não será mais interessante investir em memórias DDR4. Mesmo assim, ainda existirá um público em potencial quando esse momento chegar:

"Mas para quem vai comprar um computador pronto, fabricado no Brasil, eu acredito que a tecnologia ainda vai ter um preço muito atrativo, que vai fazer sentido, ainda mais no mercado corporativo, saindo um pouco aí da alçada dos games".
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Ele menciona notebooks simples para tarefas básicas e para estudo, que geralmente chegam com SSD SATA e 8 GB DDR4. Esse tipo de produto com essa tecnologia de memória ainda deve perdurar por mais um tempo no mercado nacional, principalmente pelo preço mais em conta.

"Nós já temos maquinário para a fabricação de DDR5, já estamos começando aqui mesmo no Brasil. Porém a demanda por DDR4 ainda é muito forte, então temos muito DDR4 sendo fabricado", conta Thiago.

Para o usuário que monta PC, como um PC gamer, o gerente de marketing da ADATA Brasil recomenda considerar a adoção de memória DDR5 logo, já que, dessa forma, garantirá um tempo de vida maior para a plataforma. Investindo em DDR4, o usuário ficará preso em upgrades de CPU e não poderá ter o que há de mais recente no mercado.

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Já noticiamos aqui no Canaltech algumas vezes que o preço da produção e revenda de chips de memória DDR4 têm encarecido pelo mundo. Porém, até o momento, não existe expectativa de aumento no varejo brasileiro.

Ainda é possível encontrar módulos de memória DDR4 mais baratos do que DDR5. Ainda existem ótimos processadores com suporte a geração anterior de memória RAM, como o Ryzen 7 5700X e, literalmente, qualquer CPU Intel Alder Lake e Raptor Lake. Lembrando que, no caso do Time Azul, é necessário adquirir uma placa-mãe que ofereça suporte a esse tipo de memória.

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