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MacBook Pro e Mac Mini com M2 sofrem com SSD mais lento que antecessores

Por| Editado por Wallace Moté | 26 de Janeiro de 2023 às 07h31

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Se os novos MacBook Pro e Mac Mini equipados com os inéditos M2 Pro e M2 Max superam com folga a concorrência em velocidade do SSD, a situação não é tão favorável quando o comparativo é feito com seus antecessores. Diversos testes feitos por veículos especializados revelam que os lançamentos da Apple apresentam menores taxas de transferência frente à geração anterior, em virtude da mesma decisão que atrapalhou a performance do MacBook Air M2 — o uso de um número reduzido de memórias.

Apesar de não serem revolucionários como a primeira geração de máquinas com Apple Silicon, os recém-anunciados MacBook Pro de 14 e 16 polegadas, além do Mac Mini 2023, chamaram atenção pela chegada dos chips M2 Pro e M2 Max, consistentemente mais robustos que a primeira geração de processadores da Maçã. Comparados aos seus antecessores, ambos apresentaram ganhos médios de 20% em CPU e 30% em GPU, além de números turbinados em Inteligência Artificial e renderização de vídeos.

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No entanto, usuários que adquirirem a versão base de uma dessas novidades terão uma surpresa nada agradável: o armazenamento SSD utilizado pela Apple é mais lento que o dos MacBook Pro e Mac Mini com M1. Os primeiros testes foram feitos pelo site 9to5Mac e revelam quedas de 30% a 50% nas velocidades de transferência em comparação às máquinas mais antigas. Desmanches feitos pelo próprio 9to5Mac e pelo canal do YouTubeBrandon Geekabit revelam o motivo: o uso de apenas um módulo de armazenamento, em vez de 2 ou mais.

As versões mais básicas do MacBook Pro e do Mac Mini mais antigos adotavam memórias NAND (o tipo dedicado a armazenamento) de menor densidade, o que exigia da marca utilizar duas ou mais unidades para atingir 256 GB ou 512 GB. No fim das contas, essa arquitetura entregava resultados positivos, já que havia dois ou mesmo quatro canais de comunicação para os dados trafegaram, garantindo velocidades bastante elevadas.

Com os dispositivos munidos do M2, M2 Pro e M2 Max, a situação foi modificada: memórias NAND mais densas foram usadas, levando a Apple a reduzir a quantidade de chips instalados para apenas 1. Como consequência, os dados foram limitados a trafegar em um único canal, levando assim às reduções drásticas observadas, especialmente problemáticas quando consideramos que esses aparelhos não são exatamente acessíveis e buscam atender profissionais.

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A situação curiosa é mais delicada com o MacBook Pro 14 de 512 GB — mesmo tendo mais capacidade que o Mac Mini por padrão, o número de módulos NAND instalados em relação ao modelo com chip M1 Pro caiu de 4 para apenas 2, limitando as taxas de transferência da mesma maneira. Nenhum dos testes chegou a avaliar o MacBook Pro de 16 polegadas, mas é provável que a máquina maior também sofra de problema similar em sua variante mais básica.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que isso ocorre com dispositivos da Apple — no ano passado, a empresa se envolveu em polêmicas com o MacBook Air M2 pelo mesmo motivo. A companhia garantiu que isso não seria percebido no uso cotidiano, graças ao M2 mais veloz, resposta que deve ser dada novamente com as discussões envolvendo os novos Macs.

É importante ressaltar que isso de fato não invalida totalmente os ganhos de desempenho dos novos processadores, e no caso de usuários e profissionais que necessitem das melhorias proporcionadas pela nova geração sem poder gastar muito, essas versões ainda são bem-vindas. Dito isso, é sempre desanimador ver um produto estrear com downgrades frente aos seus antecessores, ficando a recomendação de evitá-los, investindo um pouco mais para obter os modelos com maior capacidade, que terão as altas velocidades do SSD garantidas.

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Fonte: Digital Trends, iMore