Lisa Su não acredita em monopólio da Nvidia no mercado de IA

Lisa Su, CEO da AMD, comentou sobre o atual mercado de Inteligência Artificial, afirmando que próximos 10 anos serão bem diferentes do que vem ocorrendo até agora. Por acreditar que a abordagem em desenvolvimento em código aberto seja o futuro do desenvolvimento em IA, Su entende que monopólio da Nvidia criando fosso econômico (moat) é apenas temporário.

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Até o momento, as placas para Inteligência Artificial da Nvidia vêm não apenas dominando o mercado, como também competindo entre si. O produto a ser batido pelas próximas GPUs GB100 e superchips GH200 são as próprias soluções Nvidia H100.

"Quando você pensa em fossos econômicos, essas empresas estão inseridas em mercados onde as pessoas não estão realmente buscando mudar muito as coisas. Os próximos 10 anos serão diferentes dos últimos 10, por estarem relacionados a como será o desenvolvimento interno da IA. O benefício de uma abordagem [de código] livre é que não existe uma única companhia que detém todas as ideias. Então quanto mais nós conseguirmos trazer juntas para o ecossistema, mais conseguiremos tirar proveito de todos esses desenvolvedores muito inteligentes que querem acelerar a IA", afirmou Lisa Su em entrevista ao Yahoo Finance

Futuro no desenvolvimento aberto

Desenvolver em código aberto garante um cenário onde mesmo devs independentes conseguem ter acesso aos avanços desse ecossistema. Em entrevista ao The Verge, Demis Hassabis, CEO da Google DeepMind, deu a entender que também compartilha dessa visão, afirmando que “modelos open source são muito mais eficientes” e levam a uma valorização muito mais significativa.

As primeiras soluções AMD voltadas para Inteligência Artificial estão previstas para chegar nos próximos meses com os chips Instinct Mi300. Segundo Lisa Su, o atual gargalo na produção dos chips Nvidia H100 deve beneficiar o novo produto AMD.

Supostamente, muitas startups em IA estão buscando o Mi300 para substituir as GPUs de IA Nvidia, cada vez mais difíceis de adquirir e em sua maioria com contratos pré-acordados de fornecimento.

Fonte: Yahoo Finance