JBL revela planos para conquistar gamers com linha Quantum
Por Felipe Vidal • Editado por Jones Oliveira |
Durante a BGS 2023, a JBL contou com um estande considerável na feira e levou diversos produtos da linha de fones Quantum. O Canaltech entrevistou o gerente sênior de marketing da Harman na América do Sul, Anderson Oliveira, para entender um pouco mais sobre a expansão da linha de produtos gamer da empresa.
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A empresa, já referência no segmento de áudio com seus fones TWS e caixas de som, tenta abocanhar uma nova fatia do mercado. Embora o caminho não seja fácil, a quantidade de pessoas no estande durante os dias, junto à uma parceria com o time de esports paiN Gaming, mostra um caminho pavimentado pela frente.
Linha Quantum nasceu da necessidade
A JBL já conta com produtos gamer da linha Quantum há três anos, mas a empresa vem traçando esforços para solidificar a marca e busca expandir sua linha de produtos frente a um mercado consumidor cheio de opções concorrentes.
“É um mercado que nós apostamos bastante [...] É um produto que já tínhamos muito desejo de trazer, porque como temos toda essa qualidade de fones, com o reconhecimento da JBL, vimos a necessidade de se conectar com esse público", comenta Anderson.
Anderson entende que por conta da “capilaridade da JBL”, a adesão da linha Quantum caminha a passos largos. Mesmo sem se aprofundar em números, o executivo enxerga um posicionamento forte nos principais canais de venda do varejo brasileiro.
“Nós acreditamos muito no nosso desenvolvimento e conseguimos entender esse universo. Então vamos atender o público desde a faixa de R$ 250 até a faixa de R$ 2.000. E não há nada melhor do que ter um patrocinador como a paiN Gaming para trazer essa mensagem ao consumidor”, enfatiza o executivo.
Um dos pontos interessantes mostrados no estande foi o microfone Quantum Stream, voltado para criadores de conteúdo. Embora o periférico tenha sido lançado há pouco mais de um ano e não seja exatamente uma novidade, é bom ver que a JBL também entrou nessa saraiva de produtos para a produção de conteúdo.
O gerente sênior da marca garante esforços de pesquisa e desenvolvimento para trazer ainda mais produtos desse nicho em breve, mas não entra em detalhes. Por ser uma companhia focada em áudio, não seria surpresa ver o anúncio de mais microfones em breve, mas ainda será preciso esperar um pouco.
Ao ser questionado se a JBL pretendia ramificar ainda mais o portfólio de produtos, como uma nova linha gamer para um público de entrada ou premium, Anderson diz que não. No entendimento da empresa, a marca Quantum está disponível para atender a todos os segmentos, de acordo com a preferência do consumidor.
JBL Quantum 910 tem 39 horas de bateria
No estande da JBL, pude testar alguns fones over-ear da empresa. No entanto, o barulho de música alta da BGS exatamente ao meu lado não ajudou nos testes e imagino que certamente tenha atrapalhado quem estava de olho em experimentar um headphone novo.
O JBL Quantum 350 tem a construção mais simplória, totalmente em plástico, e não me passou tanta confiança e conforto. O microfone é molenga demais e também não gerou boas impressões. No entanto, a bateria de 22 horas pode ser um diferencial.
Por outro lado, o Quantum 360 já me pareceu mais seguro, embora seja extremamente similar ao seu irmão menor em termos de construção, microfone e bateria. Talvez o modelo 360 tenha se encaixado melhor na cabeça, mas é difícil presumir muito por conta de um teste rápido.
O JBL Quantum 910, por sua vez, agrada bastante. O modelo é mais barrudo e confortável, graças ao revestimento de maior qualidade nas almofadas e no aro superior. Vale destacar que a bateria tem capacidade de até 39 horas de reprodução contínua, embora não pude testar essa autonomia.
“Hoje nós temos um produto de entrada, o Quantum 100, que já é um fone com a qualidade do áudio JBL, mas com funções um pouco mais simples. Como também você pode ter um fone como o Quantum 910, o nosso topo de linha, que tem cancelamento de ruído, head tracking, sem fio, espuma de memória. Ou seja, é um fone para quem pode investir um pouco mais”, revela Anderson Oliveira
Anderson ainda comenta sobre uma agressividade maior no mercado de headsets wireless, mas revela que o público ainda tem receio em problemas de latência e atraso na transmissão de dados.