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Google Tensor G2 não utiliza litografia de 4 nm como esperado

Por| Editado por Wallace Moté | 11 de Outubro de 2022 às 10h45

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Divulgação/Google
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Em comunicado ao site Android Authority, o Google confirmou que o Tensor G2, chipset que equipa a recém-lançada família Pixel 7, é fabricado utilizando a litografia de 5 nm. A informação contraria rumores de que a gigante teria optado pelo uso do mais avançado processo de 4 nm, presente nos processadores mobile mais premium da atualidade, e reforça o foco da empresa na experiência de uso e software.

O Tensor G2 foi anunciado junto à linha Pixel 7, com melhorias modestas em comparação ao antecessor. Até sua estreia, diversos rumores sugeriram que a plataforma teria entre as novidades o uso da litografia de 4 nm da Samsung, mesma presente em chips como o Exynos 2200 e o Snapdragon 8 Gen 1. Diante da postura silenciosa da gigante das buscas em relação às tecnologias de suas soluções, concluiu-se que a companhia realmente havia adotado os 4 nm.

No entanto, após alerta de leitores, o Android Authority entrou em contato com o Google solicitando esclarecimentos, havendo então a confirmação de que o Tensor G2 é, na verdade, produzido em 5 nm. Não se sabe dizer se houve ajustes no processo de fabricação, algo que poderia proporcionar melhorias, mas a companhia garante que a escolha possibilitou ganhos de performance e eficiência energética.

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"Nós desenvolvemos Google Tensor G2 especificamente para usos do mundo real. Nossa arquitetura final, que inclui [a litografia de] 5 nm, nos ajudou a alcançar nosso objetivo ao mesmo tempo em que aumentou a performance e a eficiência energética. Essa abordagem também nos permitiu adicionar novas capacidades enquanto demos um passo além em machine learning com nossa TPU de nova geração no G2", afirma o comunicado do Google.

Apesar de não ter o apelo que entusiastas esperam, ou mesmo os avanços de eficiência da litografia mais avançada, a adoção da litografia de 5 nm é coerente com a postura que o Google adotou desde a estreia do Tensor G1. A empresa deixa claro que não busca entregar o máximo de performance disponível no mercado, optando por seguir a mesma estratégia que implementou nas câmeras, dando prioridade ao software — algo que a gigante sabe fazer bem.

Além disso, mesmo que modestas, há algumas mudanças bem-vindas no Tensor G2 que devem trazer melhorias de desempenho em cenários de processamento mais intenso, com destaque para a GPU e até para a CPU.

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Google Tensor G2 foca em ganhos de GPU e software

Desenvolvido para o Pixel 7 e, como sabemos agora, fabricado em um processo não especificado de 5 nm da Samsung, o Google Tensor G2 traz CPU de 8 núcleos na mesma configuração curiosa do antecessor, divididos em 2 + 2 + 4, sendo 2 núcleos Cortex-X1 de máxima performance rodando a até 2,85 GHz, 2 Cortex-A78 de alto desempenho operando a até 2,35 GHz e 4 Cortex-A55 de alta eficiência trabalhando a até 1,8 GHz.

As diferenças em relação à geração anterior estão no aumento modesto das frequência, de apenas 50 MHz, e na troca dos núcleos Cortex-A76 pelos mais recentes Cortex-A78. Há mudanças mais radicais na GPU, com a adoção da Mali-G710 MP07, em comparação à Mali-G78 MP20 do primeiro Tensor. O chip gráfico atualizado seria 20% mais potente e eficiente, e desempenharia um papel importante no processamento de IA, que teria aumentado em 35%.

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Outra novidade de peso é a Tensor Processing Unit (TPU) renovada, que também teria ficado mais potente e eficiente, ainda que o Google não tenha detalhado quais novidades e tecnologias teriam sido implementadas no componente. O restante das especificações foi mantido, incluindo suporte a memórias LPDDR5, a câmeras de até 108 MP, gravações em 4K com HDR, e a presença do chip Titan M2 para segurança e criptografia.

A família Google Pixel 7 já está em pré-venda por preços que partem dos US$ 599 (R$ 3.125), e tem previsão de estreia para esta quinta-feira, 13 de outubro. Como de costume, o Brasil não está entre os países a receber os telefones, e não há expectativas para que os dispositivos sejam trazidos para cá.

Fonte: Android Authority