AMD simplifica ficha técnica da linha Ryzen 7040HS antes da estreia
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |
Poucas semanas antes de estrearem nos primeiros notebooks, segundo o cronograma da AMD, os novos Ryzen 7040HS "Phoenix Point" tiveram a ficha técnica simplificada silenciosamente no site da companhia. Além de sofrer reduções nas frequências das GPUs integradas, tidas como uma das principais novidades pela arquitetura que utilizam, a linha foi limitada a pistas PCIe 4.0, em vez da versão 5.0, como apontavam materiais oficiais dos primeiros teasers.
- Surface Laptop Studio 2 vaza com novos chips Intel e Nvidia RTX 4000
- MWC 2023 | Lenovo revive Motorola Rizr e exibe notebook com tela enrolável
Anunciada durante a CES 2023, a família Ryzen 7040HS trouxe como destaques a CPU baseada na microarquitetura Zen 4, a chegada de um acelerador dedicado para Inteligência Artificial e os gráficos integrados Radeon 700M, cuja arquitetura RDNA 3 foi trazida diretamente das placas de vídeo Radeon RX 7000. Essa combinação de tecnologias é promissora, especialmente depois do sucesso dos chips Ryzen 6000 com GPUs RDNA 2, com os primeiros notebooks equipados com os chips estreantes estando previstos para chegar ao mercado em março.
Faltando alguns dias para o prazo planejado, entusiastas descobriram que a AMD ajustou a ficha técnica desses processadores em seu site oficial, simplificando algumas das especificações. A primeira área afetada foi justamente a dos gráficos integrados, que viram suas frequências serem reduzidas em 200 MHz. Com isso, a Radeon 780M do topo de linha Ryzen 9 7940HS caiu de 3.000 MHz para 2.800 MHz, enquanto a versão da iGPU presente no Ryzen 7 7740HS foi de 2.900 MHz para 2.700 MHz.
Fechando esses ajustes, a Radeon 760M do Ryzen 5 7640HS sofreu um downgrade de 2.800 MHz para 2.600 MHz. Apesar das reduções, como destaca o YouTuber Cary Golomb, não devemos ver diferenças bruscas de desempenho no uso, especialmente com os avanços da arquitetura RDNA 3 — os ganhos de desempenho devem ser insignificantes a partir de certa faixa de frequência. Além disso, alguns dispositivos devem suportar o overclock da iGPU, permitindo recuperar essa "velocidade perdida".
Ainda assim, há mais algumas mudanças estranhas, como a presença exclusiva de pistas PCIe 4.0, em vez de PCIe 5.0, conforme publicações da AMD feitas pouco antes do anúncio da família apontavam. Por mais que isso não tenha um impacto imediato tão grande, já que quase não há SSDs PCIe 5.0 disponíveis e soluções de 4ª geração seguem sendo bastante velozes, a ausência do protocolo mais novo deve afetar quem costuma manter o notebook por vários anos.
Outro ponto que agrava a confusão é o surgimento de modelos de final H no site da companhia — durante a apresentação na CES, o time vermelho havia confirmado que veríamos apenas CPUs de final HS, para ultrabooks e notebooks gamer, e de final HX, para workstations de laptops entusiastas. A marca parece ter voltado atrás, e deve eventualmente apresentar os modelos da série H, quando os chips 7040 Phoenix Point forem lançados.
Um dos aspectos mais interessantes dos chips H descobertos é que, mesmo que também sejam limitados ao PCIe 4.0, essas soluções não tiveram as frequências das iGPUs reduzidas, o que pode indicar que esses modelos devem operar com nível de consumo mais alto. De toda forma, falta pouco para a estreia das novas CPUs, caso não haja atrasos, e a AMD deve esclarecer todos esses pontos quando o lançamento ocorrer em algum momento de março.
Fonte: VideoCardz