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AMD promete mais notebooks com Ryzen e Radeon para o Brasil

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Em entrevista ao Canaltech, executivos da AMD confirmaram que mais notebooks equipados com processadores Ryzen e GPUs Radeon chegarão ao Brasil ainda neste ano. Os representantes explicaram os desafios por trás da disponibilidade dos produtos no mercado brasileiro e revelaram o desejo de aumentar os investimentos no país, destacando a visita deles é o primeiro passo para adequar as estratégias e fortalecer a presença da marca por aqui.

Desde a concepção da linha Ryzen em 2017, as CPUs da gigante têm entregado desempenho cada vez mais competitivo, tanto em desktops quanto em notebooks. A geração mais recente, com destaque para os Ryzen 7040 "Phoenix Point" destinados a laptops ultrafinos, mostrou um nível de desempenho e eficiência energética extremamente avançado, além de gráficos bastante poderosos graças à arquitetura RDNA 3, mesma das recém-lançadas placas de vídeo Radeon RX 7000.

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A competitividade também é observada na linha Radeon, que oferece um custo-benefício interessante ao trazer performance bruta robusta e uma boa variedade de tecnologias, como o upscaling temporal de imagem com o FidelityFX Super Resolution 2 (FSR 2). O ponto fraco das soluções é o desempenho em Ray Tracing, mas melhorias já estão sendo feitas — a própria arquitetura RDNA 3 oferece ganhos de cerca de 50% nesse quesito quando comparada à RDNA 2, das placas RX 6000.

Se no Brasil os desktops têm acesso pleno a essas novidades, o mesmo não pode ser dito dos notebooks. Portáteis com CPUs Ryzen 7040 e GPUs Radeon RX 7000M praticamente não são encontrados em lojas nacionais, apesar de terem sido anunciados em janeiro. Questionado sobre isso, o Vice-Presidente Corporativo e Gerente Geral da divisão de Client (o consumidor final), David McAfee, aponta como problemas na cadeia de suprimentos atrapalharam o cronograma da marca, não apenas no mercado brasileiro, mas em todo o mundo.

"A série [Ryzen] 7040 foi um produto que anunciamos na CES em janeiro, e levou um bom tempo para iniciarmos a produção dos notebooks para levá-los ao ponto em que eles estavam sendo fabricados em massa. Foi realmente em julho que muitos dos designs das OEMs [fabricantes como ASUS, Dell e Lenovo] começaram a ser fabricados em massa, e, honestamente, a razão de você não vê-los [os notebooks] no Brasil é simplesmente por conta da cadeia de suprimentos e da logística. Eles chegarão por aqui. Eles estão começando a aparecer em outros mercados, mas eu acredito que eles chegarão ao Brasil muito em breve". — David McAfee, Vice-Presidente Corporativo e Gerente Geral de Client da AMD

O vice-presidente também cita explicitamente os modelos equipados com GPUs Radeon Mobile ao revelar que a AMD pretende fortalecer os investimentos na linha. David McAfee relembra o sucesso da família Ryzen e afirma que a gigante pretende trabalhar para obter resultados parecidos com a linha Radeon, tanto nos laptops, como nos desktops.

Complementando com uma visão mais próxima do mercado brasileiro, o Gerente Geral da AMD Brasil, Sergio Santos, explica que a demora para vermos os portáteis com chips da empresa se deve principalmente pela necessidade de prepará-los corretamente para atender à regulamentação nacional e oferecer a experiência adequada ao público.

"A cada ano, há cada vez mais notebooks comerciais e para consumidores baseados em tecnologia da AMD. No Brasil, leva um pouco mais de tempo [para as máquinas chegarem] porque você não pode simplesmente importar. Se uma OEM lança um produto hoje na Ásia, ele pode ser enviado para vários países. Aqui, as OEMs precisam planejar a produção local com antecedência, então sempre vai haver esse atraso". — Sergio Santos, Gerente Geral da AMD Brasil

Outro ponto interessante destacado por Sergio é que a visita de David McAfee e do Vice-Presidente e responsável pelo gerenciamento dos canais de distribuição da AMD, Neil Spicer, visa justamente adequar as estratégias da companhia para atender melhor o público brasileiro, dando a entender que veremos um aumento de investimentos no país.

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"Entender as necessidades do mercado brasileiro é uma das razões pelas quais David e Neil estão aqui, para entender melhor como podemos adaptar nossa estratégia global para atender melhor aos requerimentos brasileiro. Mas enquanto a legislação exigir a produção local, sempre vai haver um pequeno atraso no lançamento nacional". — Sergio Santos, Gerente Geral da AMD Brasil