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AMD e Intel celebram primeiro ano de aliança com novidades para CPUs x86

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/Intel
Divulgação/Intel

Eternas rivais, a AMD e a Intel estão juntas no progresso do ecossistema de CPUs x86, depois de uma nova ameaça chegar ao mercado: processadores Arm para Windows com os chips Qualcomm Snapdragon. Um ano depois da divulgação dessa aliança, ambas as empresas revelaram agora os primeiros frutos: novas instruções para aumentar a segurança e performance de seus processadores.

As principais novidades focam em reforçar a segurança da arquitetura x86 em nível de hardware. A primeira é a ChkTag, uma instrução de "etiquetagem de memória". De forma simplificada, ela anexa pequenas etiquetas digitais à memória e verifica, diretamente no hardware, se o software está acessando a área correta. Isso ajuda a impedir falhas de segurança comuns de forma muito mais eficiente do que as soluções baseadas apenas em software.

A segunda novidade é a FRED (Flexible Return and Event Delivery), que moderniza a forma como a CPU se comunica com o sistema operacional, reduzindo a latência e melhorando a segurança e a confiabilidade do sistema como um todo.

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Novidades devem demorar a chegar às CPUs

No lado do desempenho, a aliança padronizou duas importantes extensões para acelerar tarefas de IA e computação de alto desempenho. O AVX10 e a ACE (Advanced Matrix Extensions) estabelecem uma forma unificada para os processadores de ambas as marcas lidarem com operações de vetores e matrizes, que são a base dos cálculos de inteligência artificial.

Embora a Intel já tivesse tecnologias similares, a padronização simplifica o trabalho dos desenvolvedores, que agora podem otimizar seus softwares para x86 sabendo que eles rodarão com eficiência tanto em chips da Intel quanto da AMD.

Essa colaboração marca uma mudança estratégica significativa, principalmente para a Intel, que abandonou seu projeto experimental "x86S" (que visava simplificar a arquitetura) em favor de uma evolução conjunta com sua maior rival, e também em meio a um momento em que o Time Azul não quer mais contribuir para códigos abertos

O objetivo é claro: unir forças para manter a relevância e a competitividade da arquitetura x86 diante do avanço das plataformas Arm e RISC-V. No entanto, a implementação completa dessas novidades, especialmente as de segurança que exigem mudanças profundas na microarquitetura, ainda deve levar alguns anos para chegar aos processadores que compramos.

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Fonte: AMD e Intel