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AMD anuncia Ryzen PRO 5000 e leva a performance da Zen 3 ao mercado corporativo

Por| Editado por Jones Oliveira | 16 de Março de 2021 às 11h00

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AMD/Divulgação
AMD/Divulgação
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Nesta terça-feira (16), a AMD lançou sua nova linha de processadores para notebooks profissionais. A linha Ryzen PRO 5000 Mobile dá sequência aos avanços em segurança das gerações anteriores e acrescenta à mistura vantagens inerentes à arquitetura Zen 3, capaz de entregar mais performance, estabilidade e eficiência energética.

Nessa leva, foram apresentados modelos variados do Ryzen 3, 5 e 7 PRO que se unem aos recém-lançados Threadripper PRO — estes de altíssimo desempenho, voltados para estações de trabalho em execuções exigentes — no mercado corporativo. São processadores que embalarão ultrafinos de alto desempenho focados em tarefas do cotidiano, eficiência energética, produtividade e, logicamente, segurança.

Assim como nos modelos anteriores, garantir a integridade do trabalho é o que justifica as versões PRO dos processadores Ryzen. Cada componente que segue o padrão profissional é equipado com métodos exclusivos de segurança para proteger a atividade do usuário. As CPUs embarcam a conhecida proteção PRO Security da linha Ryzen 4000, um sistema multicamadas implementado em hardware para contornar acessos não-autorizados aos dados gerenciados pelo chipset e tempo de inatividade dos equipamentos.

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Desta vez, a AMD revelou que fez um intenso trabalho junto da Microsoft para proporcionar integração entre o Windows e os sistemas de segurança do Ryzen PRO 5000, vital para minimizar o impacto em performance previsto das camadas extras em segurança. Ao lado disso, o Memory Guard continua presente e perpetua a criptografia aos dados transferidos para as memórias de trabalho e evitar que ataques físicos resultem na coleta indevida de dados.

Assim como os modelos anteriores, os Ryzen PRO 5000 são verificados com o AMD PRO Business Ready, o “selo de garantia” da fabricante de suporte por mais de 18 meses; dois anos de disponibilidade planejada e avaliações ostensivas de qualidade e entrega de performance consistente por todo o lineup.

Pela soma dessas ferramentas, a composição é integralmente voltada para o mercado corporativo. Além da disponibilidade limitada a projetos de fabricantes parceiras, os Ryzen PRO 5000 são recheados de recursos dedicados ao ambiente comercial e não o público geral — que é atendido pela linha Ryzen 5000 convencional. Ainda assim, os modelos anunciados hoje herdam características-chave dos seus antecessores, somados à eficiência e desempenho dos chipsets dos modelos principais — este que é o maior trunfo do novo conjunto, que dispõe de poder de sobra para encarar as mais diversas exigências da rotina com baixíssimo consumo de energia.

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Performance além dos nanômetros

A AMD amplia seu portfólio com a mesma estratégia anterior: os processadores carregam a herança dos predecessores e apresentam melhorias significativas em eficiência, principalmente no que se refere a desempenho, latências e, não menos importante, gasto de energia. A geração carrega consigo os aprimoramentos da microarquitetura de 7 nm aliada ao gerenciamento inteligente das memórias cache e organização dos núcleos.

Como muito bem detalhado pela AMD durante a apresentação à imprensa, a arquitetura Zen 3 apresenta melhorias significativas em latência, questão constantemente retrabalhada nos lançamentos da linha Ryzen. Em especial, esta geração substitui a memória segmentada do Zen 2 por um chip único de memória L3 — cujo tamanho varia de acordo com cada modelo.

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Agora, os núcleos do processador foram organizados ao redor da memória, minimizando significativamente o tempo de acesso ao cache e, com isso, a latência. A melhoria otimiza o processamento de instruções, naturalmente aprimorando a performance do componente pela disposição integral do armazenamento.

Na apresentação, a AMD exaltou o salto da geração passada e afirma que manteve o padrão de qualidade nos modelos mais recentes. Não faltaram exemplos de benchmark que comprovam a soberania do produto da fabricante norte-americana, que supera o Intel Core i7-1185G7, topo de linha de referência da família Tiger Lake, da Intel, igualmente utilizado em notebooks de alto padrão.

AMD Ryzen Pro 5000 "Zen 3" Cezanne
Cores/ThreadsFrequência (base / boost)Cache L2 + L3TDP
Ryzen 7 PRO 5850U8 / 16 1,9 GHz / 4,4 GHz20 MB15 W
Ryzen 5 PRO 5650U6 / 122,3 GHz / 4,2 GHz19 MB15 W
Ryzen 3 PRO 5450U4 / 82,6 GHz / 4,0 GHz10 MB15 W
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Testes sintéticos destacam a discrepância em performance multi-thread entre os processadores AMD e o melhor modelo da concorrência. Os resultados chegam a demonstrar 65% em pontuação a favor do Ryzen 7 PRO 5850U (8/16 núcleos de 1,9/4,4 GHz), enquanto perde por 3% em avaliações single thread.

Em cenários reais, por sua vez, a diferença se mostrou menos gritante: a maior das discrepâncias fica para a pontuação durante a execução dos testes no Excel, cerca de 23% superior no processador da empresa de Lisa Su; mas empatando com o i7-1185G7 no Microsoft Edge e Word, importantes softwares do dia a dia corporativo.

AMD Ryzen PRO 5000U "Zen 3" Cezanne
Cores/ThreadsFrequência (base / boost)Cache L2 + L3TDP
Ryzen 7 PRO 5800U8 / 161,9 GHz / 4,4 GHz20 MB15 W
Ryzen 7 PRO 5700U 8 / 161,8 GHz / 4,3 GHz12 MB15 W
Ryzen 5 PRO 5600U6 / 122,3 GHz / 4,2 GHz19 MB15 W
Ryzen 5 PRO 5500U6 / 122,1 GHz / 4,0 GHz11 MB15 W
Ryzen 3 PRO 5400U4 / 82,6 GHz / 4,0 GHz10 MB15 W
Ryzen 3 PRO 5300U4 / 82,6 GHz / 3,8 GHz6 MB15 W

Contudo, o brilho está nos componentes mais baratos. A AMD ousou e entregou comparações entre o topo de linha da Intel e o intermediário mais avançado do conjunto atual, o Ryzen 5 PRO 5650U (6/12 núcleos de 2,3/4,2 GHz). Surpreendentemente, o CPU mais enxuto superou o flagship em testes como Passmark 10 CPU Mark, Geekbench V5 Multi-Core, PCMark 10 Apps e PCMark 10 Benchmark. O gabarito variou de 4% a 26% nos testes mais confortáveis e demonstram maturidade em construção e arquitetura nos produtos do time vermelho.

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Mais por pouco (pelo menos em energia)

Um dos pontos reforçados pela AMD durante o anúncio foi a otimização energética dos Ryzen PRO 5000. Para notebooks, a potência exigida pelo processador é uma das características mais importantes. Por se tratar de um componente prioritário para um computador, seu funcionamento acontece a todo momento e sua fome por carga de bateria determina a autonomia dos modelos que o carregam.

Para a AMD, esse é um cenário que ela domina. Embora seja difícil mensurar a autonomia de bateria em testes controlados — mais difícil ainda estimar a autonomia de diferentes dispositivos —, a fabricante norte-americana começa bem com os reduzidos 15 W de potência nominal em cada um dos modelos da nova geração.

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Isso a coloca em ótima posição contra os processadores atuais da Intel, que apresentam TDP variável entre 7/15 W ou 12/28 W. A otimização, somada ao restante do pacote incluído nos Ryzen, o configuram como produtos extremamente competentes, contudo resta aguardar a chegada dos primeiros aparelhos da companhia para ter noção do seu real consumo de bateria.

Disponibilidade

Por se tratar de uma linha mobile, os Ryzen PRO 5000 embalarão notebooks de fabricantes parceiras e não serão vendidas à parte no varejo. Sendo assim, a quantidade de processadores e as combinações de componentes está limitada aos projetos dessas marcas e a continuidade das respectivas linhas.

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Até o momento da publicação desta matéria, as informações fornecidas pela AMD quanto aos modelos reforçados por seus processadores seguem escassas. Serão seis notebooks: três da HP — dois deles ultrafinos, o HP EliteBook 845 G8 e ProBook Aero 365 G2; e um híbrido, com dobradiça de 360°, o ProBook x360 435G8; e o outro trio da Lenovo, ThinkPad T14S, ThinkBook 16P e ThinkBook 14S.

Para nenhum dos casos, nem a AMD nem as parceiras forneceram datas ou preços específicos para lançamento dos aparelhos.