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Cobertura completa do AMD Tech Day 2014: plataforma AM1, R9 295X, Mantle e HSA

Por| 10 de Abril de 2014 às 10h32

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Cobertura completa do AMD Tech Day 2014: plataforma AM1, R9 295X, Mantle e HSA
Cobertura completa do AMD Tech Day 2014: plataforma AM1, R9 295X, Mantle e HSA
Tudo sobre AMD

* De Austin, no Texas/EUA

Entre os dias 2 e 4 de abril a AMD realizou o Tech Day em Austin, no Texas. O evento reuniu jornalistas de toda a América Latina e apresentou os lançamentos e lançamentos da empresa para este ano. Várias novidades foram anunciadas, mas tudo girou em torno de três pontos em especial: a plataforma AM1, a nova placa de vídeo voltada para gamers hardcore R9 295X e o Mantle, API gráfica aberta da empresa, juntamente com o HSA. Vamos aos fatos!

Plataforma AM1

O AM1 é uma evolução do Kabini que conhecemos aqui no Canaltech no ano passado. O AM1 pode ser entendido como o próximo estágio, ou segunda geração, e ressucita as marcas Sempron e Athlon que a AMD utilizava no passado. A ideia agora, porém, é atacar diretamente as séries Atom, Celeron e, em alguns casos, até o Pentium da Intel no que se refere a desempenho e custo benefício.

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A proposta aqui é bem audaciosa: oferecer um nível de desemepnho bastante significativo para o usuário básico a um custo bastante baixo, indo de US$ 34 para o modelo mais básico e chegando até R$ US$ 59 no modelo mais avançado, que inclui SoC (System on Chip) completo com processador, placa-mãe e placa de vídeo, além da mesma arquitetura presente na nova geração de consoles, como o Xbox One e Playstation 4.

São 4 modelos novos, todos equipados com a série R3 de GPUs integradas, que nada mais são do que modelos da série OEM 8000 renomeadas. A variação fica por conta do clock dos 128 cores GCN (Graphics Core Next), que varia de 400 MHz (no caso do Sempron 2650 dual-core) até 600 MHz para o Athlon 5350. Todas as CPUs usam cores Jaguar, o mesmo dos consoles da nova geração, e têm clocks entre 1,3 GHz e 2,05 GHz no caso do Athlon 5350.

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Outro ponto interessante é que o SoC inteiro pode ser trocado, não sendo soldado à placa-mãe como na primeira geração do Kabini. Essa é uma vantagem para quem pretende fazer upgrade no futuro, mas é ainda mais valiosa para fabricantes que queiram personalizar seus produtos e oferecer até 16 GB de memória RAM com pentes de memória DDR3 convencionais. Curiosamente, a TDP de todos os modelos é de 25 watts, o que certamente tira a preocupação com o superaquecimento e permite até utilizar coolers sem fan. O Athlon 5350 foi até montado dentro da própria caixa:

É um produto interessante? Certamente, ainda que deixe a desejar quem exige um pouco mais de poder de fogo. Porém, considerando o preço do produto, o custo-benefício para quem busca um desktop básico é extremamente atraente, concorrendo diretamente em custo e em gráficos com o Atom Bay Trail da Intel. Nós recebemos um modelo para testes e publicaremos a análise completa em breve.

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Já podemos adiantar o seguinte: no 3DMark o Athlon 5350 mandou muito bem, ainda que no PCMark 8 ele tenha se mostrado um modelo bastante básico para as tarefas do dia a dia.

Radeon R9 295X

Imaginem uma placa de vídeo projetada especificamente para entusiastas que não estão ligando para custo ou consumo de energia. Essa é a R9 295X. Com o slogan "dois é melhor do que um", esse monstrinho conta com "apenas" 5632 cores de processamento rodando a 1018 MHz, 352 unidades de textura, 128 ROPs e, novamente, "apenas" 8 GB de memória RAM GDDR5 rodando a 5 GHz dedicados e acessados por uma interface dual-512 bits.

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Deve esquentar bastante, certo? E esquenta, mas o próprio modelo de referência usa um watercooler Asetek para lidar com esse problema. A configuração toda puxa 500 watts de energia em média, valor que pode passar de 700 watts em carga total. Logo, esse sistema de refrigeração é, no mínimo, extremamente necessário. Extremo é uma palavra interessante de se utilizar aqui, já que tudo na R9 295X é bestial. Ainda que a AMD não tenha liberado o preço oficial, acreditamos que ele ficará na casa dos US$ 1.500, outro número extremo, por assim dizer.

A conversão de valores de produtos topo de linha para o Brasil é bastante triste, então pode se preparar para pagar uns R$ 8.000 na R9 295X. E caso precise de mais desempenho, também é possível fazer um CrossFire para rodar tudo no máximo por um bom tempo. O problema é que é possível obter desempenho semelhante com apenas US$ 3.000, que é o preço da Titan Z da Nvidia, que é mais potente do que uma R9 295X.

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Ela foi projetada para tempos de 4K, conta com 4 portas DisplayPort e uma DVI, além de suportar DirectX 11.2 e, claro, o Mantle.

Mantle e HSA

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Em meio a uma série de APIs voltadas para games no mercado, a AMD falou um pouco sobre a recém-lançada API Mantle e descreveu suas vantagens detalhadamente. Jogo rápido: o diferencial mais importante do Mantle é a maior facilidade para programadores de criarem códigos para placas de vídeos AMD mais novas, as que contam com a arquitetura GCN, sem precisar lidar com tanta complicação de otimizações de baixo nível.

Quanto mais otimizado o código for, maior será a eficiência de processamento. Porém isso tem um lado negativo: é extremamente complicado e custoso criar um código de baixo nível altamente otimizado para PCs que contam com diferentes configurações. É aí que entra o Mantle, que promete fazer uma placa de baixo desempenho, mesmo as integradas, conseguir rodar games com detalhes mais ricos e FPS muito maior.

E por que o Mantle é diferente do DirectX ou outra engine? Porque é aberta e conta com bibliotecas de compatibilidade com outras APIs, ainda que com overhead. Padrões abertos são interessantes não só para a indústria em geral, mas para estúdios pequenos de games, o que pode impulsionar sua a adoção. Ainda que seja muito cedo para dizer se o Mantle fará sucesso ou não, já que depende da adoção de terceiros que podem considerá-lo uma boa opção ou não, é possível afirmar que ele certamente causará uma certa preocupação em padrões proprietários.

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Por último temos o HSA, que explicamos com um pouco mais de detalhes quando foi anunciado pela primeira vez e que está presente na quarta geração de APUs da AMD conhecidas como Kaveri. Durante a nossa visita, a AMD reconheceu que o potencial é grande, mas inicialmente os benefícios não são tão aparentes. Isso porque os programas atuais não são otimizados para utilizá-lo porque o conceito de espaço de memória compartilhado por CPU e GPU ainda era um conceito que não existia até há pouco tempo.

Porém, a AMD se mostra bastante otimista, já que os benefícios para máquinas que usam gráficos integrados seriam excelentes. O Kaveri mal chegou ao mercado, o que exige uma certa cautela em predizer o sucesso ou fracasso dessa abordagem, mas do ponto de vista da arquitetura do HSA, parece um caminho natural para a indústria de PCs.

* O jornalista viajou para o AMD Tech Day a convite da empresa.