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Review Battlefield 6 | Retorno da campanha não empolga, mas multiplayer brilha

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/Electronic Arts
Divulgação/Electronic Arts
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Quase quatro anos depois do lançamento desastroso de Battlefield 2042, a EA chega agora com sua redenção chamada Battlefield 6. A essa altura, com alguns dias de disponibilidade, já não é novidade que o jogo é realmente um sucesso, com vendas estimadas em mais de 7 milhões de cópias só nos primeiros dias, além da grande aceitação por parte dos jogadores.

Porém, neste review, você verá o veredito de um noob, que está trilhando seu caminho para fazer parte da comunidade entusiasta da franquia, entendendo como funcionam os modos de jogos e relatando sua experiência (ainda pouca) em meio a jogadores que já estão bastante acostumados com a fórmula e comem noob com arroz e feijão no almoço.

Battlefield 6 é tudo isso? Mesmo para quem tem pouca experiência? Eu te conto.

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Prós

  • Belos gráficos que não exigem um super PC
  • Modo multiplayer divertidíssimo
  • Diversidade de mapas
  • Agradou um noob

Contras

  • Campanha ok, mas não perde nada se não jogá-la
  • Modos de jogo são muito parecidos

Campanha só para dar pano de fundo ao multiplayer

Depois da ausência de uma campanha em Battlefield 2042, além do formato episódico de BFV e narrativa fragmentada na história de BF1, Battlefield 6 volta a apresentar uma campanha que os fãs estavam acostumados antes desses jogos (com exceção de Battlefield Hardline, que mudou a temática da franquia).

A nova história apresenta um conflito entre a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que é uma aliança militar envolvendo países do hemisfério norte (Europa e América do Norte, com algumas exceções), que briga contra um exército privado chamado Pax Armata.

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A princípio, parece uma guerra que surgiu do nada, por motivos que costumam ser comuns para uma guerra. Mas com o decorrer da história, vemos que se trata de um "O inimigo agora é outro" da vida do filme Tropa de Elite 2 e esse será o máximo que detalharei para evitar spoilers (embora fique claro para quem assistiu o filme).

Eu levei 8 horas para terminar a campanha, porque joguei no nível difícil, em que não é preciso levar muitos tiros para dar game over. Ou seja, na dificuldade normal, e se você está acostumado com shooters, levará ainda menos tempo. Nada fora do comum em termos de campanha de Battlefield, algo que conheço mais do que o multiplayer.

Battlefield volta a ter campanha, mas a verdade é que não sentiriam falta dela de tão bom que é o multiplayer.

Battlefield 6 chegou na sexta-feira passada (10), e eu terminei a campanha no domingo. Até aquele dia, somente 7% dos jogadores do Steam concluíram esse modo de jogo. Agora, pouco mais de uma semana depois do lançamento, cerca de 10% chegaram ao fim da história, um claro desinteresse na campanha.

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E ela não chama tanta a atenção, não é algo emblemático com as campanhas de Bad Company ou BF3. Diverte, mas entrega pouco. O sistema moderno de destruição dos cenários é pouco explorado, a história é bem clichê e previsível, vilão fraco e graficamente falando, esperava mais depois do que vi no beta. Mesmo jogando em 4K, não vi nada que saltasse aos olhos.

Battlefield 6 brilha onde tem que brilhar

O que era mais aguardado pelos fãs de Battlefield, no novo jogo, era seu modo multiplayer. A recepção no beta, que juntou centenas de milhares de jogadores somente no Steam, já era uma prova disso. A EA e o Battlefield Studios colheram todo o feedback dos jogadores depois de BF2042 e fizeram as alterações necessárias para fazer com que a franquia retornasse ao que já foi um dia.

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Já vi alguns entusiastas dizendo que Battlefield 6 ainda não chegou lá e pode ser que chegue com conteúdos pós-lançamento. Esse não é meu ponto de vista, já que não tenho tanta familiaridade com o modo multiplayer da série, embora tenha arriscado um pouco de BF3 na época.

Para mim, um noob, BF6 brilha no multiplayer. A sensação de guerra é real e isso é reforçado pelo caos das partidas, bons gráficos e o sistema de destruição bastante presente, diferente do modo carreira, em que esse recurso é bastante "scriptado", acontece onde os desenvolvedores programaram para acontecer.

Os comandos respondem muito bem, não tive nenhum problema quanto a isso. Apesar de bonito, o jogo não é extremamente exigente no PC, então dá para alcançar mais de 100 FPS em configurações de entrada modernas em 1080p. Aqui, joguei em uma RTX 5070 e um Core Ultra 9 285K, foi possível atingir cerca de 150 FPS com Battlefield 6 rodando em 1440p e preset gráfico no médio, sem upscaling. Uma experiência lisinha.

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Modos de jogo um tanto conflituosos para um novato

Não vou entrar no mérito de analisar cada modo, comparar a como era feito anteriormente com outros jogos, destacar as novidades. O que tenho a falar nesse sentido, é como os modos de jogo se parecem para quem não está acostumado. Por mais que tenham nomes diferentes, e as descrições até tentam diferenciá-las, no fim das contas, na prática, parecem muito iguais.

Jogando nos diferentes modos, eu senti que sempre precisava dominar um território inimigo e avançar com esse objetivo para alcançar a vitória. Mesmo em alguns modos com objetivos menores distintos, a sensação é a de sempre estar fazendo a mesma coisa.

O gameplay de Battlefield 6 é muito fluído e casa perfeito com o modo multiplayer.
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Isso é um problema? Depende do ponto de vista. Eu tenho me divertido da forma que tenho jogado. O gameplay é tão bom, a sensação de guerra é muito grande e esses fatores também são importantes. Pode ser que com o tempo, eu consiga discernir mais os modos de jogos? Sim, pode ser, mas nessa experiência de uma semana (já que recebemos o game da EA no lançamento), não é algo ainda possível para o meu nível de familiaridade com a franquia.

De início, Battlefield 6 oferece nove mapas, com direito ao retorno de um favorito dos fãs, e eles são bem variados. Alguns focam mais na verticalidade, outros em campos mais abertos e sem prédios ou estruturas altas, e ainda outros têm como objetivo proporcionar o combate mais rápido e frenético, já que são menores e forçam os jogadores a se aproximarem mais. Nada diferente do que a franquia já vem fazendo há anos, pelo que sei.

Outra coisa comum são as classes. O game traz quatro: Assalto, Engenharia, Suporte e Reconhecimento, cada uma com suas especialidades. Particularmente, gosto de ser o sniper nesse tipo de jogo, mas alterno com o gameplay mais frenético do Assalto, que geralmente é a linha de frente no campo de batalha.

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O jogo conta com bots para preencher as partidas, isso aconteceu algumas poucas vezes. E por mais que eles sejam mais fáceis de serem abatidos, devo dizer que eu, um noob, se saiu bem em diversas partidas, ficando entre os 15 melhores da equipe, e abatendo jogadores, vale ressaltar, e não bot. Olha, até que não sou tão ruim assim.

Vale a pena jogar Battlefield 6?

Sim, com certeza. Como essa review está saindo depois do lançamento do game, já dá para ver que os fãs da franquia estão curtindo a experiência. E se um noob, que não tem muito histórico e até interesse em shooter multiplayer em geral, está falando que o jogo é bom, é porque ele realmente é bom.

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Apesar de sua campanha não se destacar e existir mais para falar o motivo pelo qual os dois grupos brigam no multiplayer (algo que os jogadores não têm tanto interesse), ela ainda diverte. Porém o multiplayer realmente é bom e dará dores de cabeça à Activision com Call of Duty: Black Ops 7. O noob aqui jogou o beta e não ficou tão interessado assim, a proposta é bem diferente.

A EA terá muitas novidades para Battlefield 6 com o tempo, e algo que estou particularmente interessado em ver, é o modo Battle Royale que deve chegar em breve (a partir do momento dessa publicação).

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