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Preview Battlefield 2042 | A franquia se prepara para o futuro

Por| Editado por Bruna Penilhas | 06 de Outubro de 2021 às 04h00

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Divulgação/Electronic Arts
Divulgação/Electronic Arts

Se eu falasse que existe um game que vai permitir aos jogadores lutar aos pés de um foguete em pleno lançamento, mas cuja disparada ao espaço pode ser impedida por um furacão, tudo em meio a explosões e chumbo grosso, você provavelmente pensaria em Battlefield. É bem nessa ideia que a DICE mira no novo game da franquia, que traz de volta uma pegada moderna após alguns capítulos explorando as guerras do passado. O olhar para o futuro é um ensejo tanto para o jogo quanto para a própria série FPS.

Os desenvolvedores deixam isso claro e falam, com todas as letras, que essa é a visão de como será a franquia — e quem sabe, o cenário dos jogos de tiro multiplayer — na nova geração. Com a virada para os novos consoles, a DICE leva Battlefield 2042 de volta aos cenários grandiosos e momentos épicos que a marcaram desde os tempos do terceiro game e, agora, voltam com a ajuda de gráficos modernos e controles que refletem o que há de mais atual quando o assunto é um jogo de tiro em primeira pessoa.

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A cena que citei no começo do texto não é uma invenção ou um exagero; ela aconteceu bem diante de meus olhos enquanto assistíamos a partidas do acesso antecipado à beta de Battlefield 2042, marcado para começar nesta quarta (06) — primeiro para quem fez a pré-compra do game, e no dia seguinte, a todos os jogadores. O combate aconteceu em Orbital, um mapa gigante aos pés de um foguete em contagem regressiva, em uma região litorânea propensa a tornados; a área é aberta e cheia de elevações, típica do estilo de combate franco que os fãs da franquia estão acostumados.

O tornado chega, e os veículos que já vinham se posicionando na plataforma de lançamento começam a serem levados pela força do evento. Seus ocupantes abandonam e o que antes era um combate veicular com muitas explosões se transformou em uma troca de tiros em pleno ar, com paraquedas e metralhadoras disparando em meio ao caos de uma tempestade. É o que chamam de “momento Battlefield” e, com certeza, uma das imagens que se tornará ícone desta nova versão.

Garantir que tudo isso funcione da maneira adequada também foi o motivo por trás da decisão recente de adiar o lançamento em algumas semanas. “[Isso] permitiu que a gente realizasse a nossa visão de um Battlefield de nova geração, com o nível de espetáculo e a escala pelas quais a franquia é reconhecida”, explicou Oskar Gabrielson, diretor geral da desenvolvedora DICE, durante o evento.

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Isso se traduz em algumas mudanças em mecânicas básicas da franquia, de forma a abraçar mapas bem maiores, mas sem perder a ferocidade do combate. No clássico modo Conquista, por exemplo, a proposta é mostrada em uma experiência que podemos chamar de fragmentada, com diferentes zonas com objetivos próprios, que precisam ser conquistados para que o time mantenha o controle sobre uma determinada área.

Com isso, os designers também criam diferentes alternativas de combate, explorando as capacidades de cada classe de personagem e as habilidades dos próprios jogadores. Um dos objetivos, por exemplo, pode estar em um campo aberto, sob o fogo de veículos e aeronaves, enquanto outro em uma região mais fechada, com diferentes estruturas que oferecem verticalidade ao combate e exigem um trabalho coordenado para cuidar dos flancos. Entre o rush e a progressão, surge uma abordagem que também é considerada a marca da franquia.

O conceito de estratégia

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O bom uso de especialistas volta a ser uma tática importante nas batalhas de Battlefield 2042. Claro, não espere algo parecido com os hero shooters, em que cada papel deve ser escolhido a dedo, mas sim uma combinação bem feita de soldados dos diferentes estilo deve ajudar os jogadores mais avançados a conquistarem os objetivos com mais facilidade, ainda que o posicionamento e o dedo no gatilho sejam definidores quanto ao domínio ou não das zonas.

Nada, entretanto, que o desfibrilador usado pelo especialista médico não possa reverter, já que ele é o único capaz de restabelecer os aliados com a energia cheia; por outro lado, a colocação de uma torreta automática em um local com boa visão do campo de batalha pode ajudar nas incursões. E aqui, durante as demonstrações, aconteceu mais um típico “momento Battlefield”, quando um jogador instalou a arma em cima de um veículo, enquanto outro ainda aplicou uma bomba remota, com um time adversário inteiro varrido de uma só vez como resultado.

Voltam ao destaque, por exemplo, os franco-atiradores, que agora podem ser usados ao lado de um gancho que permite alcançar áreas mais altas com facilidade, ou um drone de reconhecimento, que marca o posicionamento de oponentes para todo o time. Entre pontos de disparo nas alturas, esconderijos em edificações ou a correria em um campo aberto, de preferência em zigue-zague para escapar dos disparos, se constrói um campo de batalha com múltiplas possibilidades.

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De forma a manter as coisas frescas, a DICE trabalhou com atenção na aleatoriedade dos eventos climáticos e outros acontecimentos no cenário, como tentativa de quebrar estratégias ou modificar o andamento das partidas. O foguete pode ou não ser disparado, enquanto a tempestade nem sempre acontece; tudo pode vir ao mesmo tempo, ou nada, fazendo com que os jogadores precisem se reinventar ou trabalhar com as possibilidades sem muita previsibilidade.

E caso você esteja se perguntando, sim, dá para subir em cima do foguete e aproveitar uma carona vertical, mas rápida. “Você vai querer saltar antes de ser tarde demais, pois não pode ir ao espaço”, brincou Kalle Nystrom, designer de estágios de Battlefield 2042. Os soldados, humanos normais, não podem respirar fora da atmosfera, mas são capazes, sim, de saltar de paraquedas de cima de uma nave desse tipo. E você achando que sair do jato, explodir o inimigo e voltar à aeronave seria o suprassumo do título.

Focado, mas sem deixar ninguém para trás

Os eventos que vimos em Orbital durante as três horas de exibição de partidas serviram como uma prévia, assim como a versão em que os jogadores colocarão as mãos nesta semana. A promessa é de muito mais, inclusive, na antiga geração de consoles, com uma experiência em escala menor, com fidelidade visual também reduzida, mas que a desenvolvedora promete não ser menos impressionante.

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“[Para nós], é essencial oferecer a imensa experiência de Battlefield em qualquer plataforma”, explica Marie Bustgaard Granlund, produtora associada do jogo, deixando claro que aqueles que jogarem no PlayStation 4 e Xbox One podem até encontrarem menor qualidade ou visuais inferiores na comparação, mas não perderão nada em termos de experiência. “Buscamos o equilíbrio ideal entre jogabilidade e qualidade visual”, completa.

Na prática, isso se traduz em uma menor contagem de quadros por segundo e menos fidelidade, com texturas e elementos que não aparecem tão bonitos quanto no PS5 e Xbox Series X|S. Era de se esperar, afinal de contas, em alguns casos, estamos falando de versões para diferentes gerações de consoles, mas que já se mostraram plenamente capazes de rodar o combate ferrenho que nos acostumamos a ver na série.

A diferença mais presente, entretanto, está na contagem de jogadores, com no máximo 64 pessoas trocando tiros na antiga geração, contra 128 nos novos consoles. Com isso, vieram também otimizações de cenários e um direcionamento dedicado das zonas de combate e conquista, que não desfiguram os mapas — eles serão os mesmos, em tema, eventos climáticos e acontecimentos especiais —, mas os tornam mais direcionados a uma jogabilidade com esquadrões da metade do tamanho.

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Nystrom, por exemplo, explica que Orbital se tornou um mapa com ritmo bem mais acelerado e maior contagem de mortes nas versões PS4 e Xbox One, mas sem perder o senso de escala ou seus elementos característicos. “Focamos em um espaço menor, mas evidenciando os elementos essenciais da experiência”, completou o designer, indicando que essas diferenças já poderão ser sentidas nesta semana, durante o beta aberto.

Por outro lado, todo o time de desenvolvimento deixa claro que esta é uma experiência de nova geração e, por mais que os usuários de consoles antigos tenham pleno acesso e conteúdo idêntico, é no PS5 e Xbox Series X|S que está o ouro. Prova disso é o anúncio de uma espécie de oferta multiplataformas “invertida”, na qual quem adquirir as versões de Battlefield 2042 para os aparelhos atuais, mesmo que não os tenha, ainda terá acesso ao game no PS4 e Xbox One.

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Battlefield 2042 chega em 19 de novembro de 2021 para PlayStation 5, Xbox Series X, Series S, PlayStation 4, Xbox One e PC.