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Os 10 MELHORES jogos que a Naughty Dog já fez

Por| 16 de Junho de 2020 às 09h53

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(Montagem: Rafael Arbulu/Canaltech)
(Montagem: Rafael Arbulu/Canaltech)

Uma desenvolvedora como a Naughty Dog fez algo que, não raro, torna a vida dos jornalistas bem complicada: eleger seus 10 melhores produtos é uma tarefa ingrata, considerando que mesmo os jogos mais básicos que a companhia criou são bons por sua própria conta.

Mas isso não impede o Canaltech de buscar os “destaques entre os destaques”, aquela fina fatia de excelência que até mesmo os jogos mais queridos da Naughty Dog olham e falam “eita, o negócio é bom”.

Desta forma, relacionamos os 10 games que a Naughty Dog produziu ao longo de sua história que mais nos cativam. Vale lembrar que, para fins de objetividade desta lista, estamos considerando apenas as criações da empresa após sua reformulação, então títulos nascidos quando ela ainda atendia como JAM Software não foram considerados.

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10. Uncharted: The Lost Legacy

Uma das franquias mais bem-sucedidas e exclusivas do PlayStation, Uncharted deve muito de sua popularidade ao carisma do protagonista Nathan Drake. Entretanto, a participação do intrépido investigador de tesouros e mitologias históricas terminou em um item listado mais à frente nesta lista.

The Lost Legacy é a mais recente entrada de Uncharted, com a Naughty Dog introduzindo não uma, mas duas novas protagonistas na franquia. Não apenas as duas mulheres são bem fortes com o público — uma delas, negra — mas também o irmão de Nathan, Sam. A ideia era justamente mostrar que Uncharted poderia continuar sem Nathan, algo que, dada a majoritária positividade com que a crítica especializada recebeu o jogo, foi muito bem-sucedida.

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9. Jak and Daxter: The Precursor Legacy

Jak and Dexter é o tipo de jogo que resulta da criatividade quando uma empresa se encontra naquele momento em que não sabe muito bem para onde vai. Lançado em dezembro de 2001, esse título veio depois do imenso sucesso de um jogo que segue mais abaixo em nossa lista, ao mesmo tempo em que jogos de plataforma em 3D eram majoritariamente dominados pela hegemônica Nintendo.

The Precursor Legacy foi o primeiro título da franquia Jak and Dexter e, embora seja léguas inferior a seus sucessores, ainda é um dos jogos mais lembrados pelos fãs da Naughty Dog justamente por oferecer uma série de mecânicas ousadas para a época ao mesmo tempo em que posicionava você em um mundo aberto e recheado de missões auxiliares, mas sem o marasmo que um RPG tradicional poderia trazer. Esse mix de dinamismo e design expansivo o tornam um item obrigatório em qualquer coleção.

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8. Uncharted: Drake’s Fortune

Inicialmente propagandeado como “Tomb Raider se Lara Croft fosse um homem”, ninguém deu muita bola para Uncharted: Drake’s Fortune quando ele foi anunciado como um dos jogos de lançamento do PlayStation 3. Afinal, uma aventura cujo enredo progredia conforme a personagem principal atravessava tumbas e ruínas, desvendando lendas antigas? É, alguém já tinha feito isso.

E é bem verdade que, no aspecto narrativo, Drake’s Fortune ficou devendo um pouco, mas esse foi o jogo que trouxe os elementos que viriam a compor toda a franquia, em uma sequência cadenciada que misturava ambientes visuais intensos aos olhos, mecânicas de furtividade, plataforma e ação em terceira pessoa. Era simplista, mas tal qual o lema de Nathan Drake durante todo o jogo, “sic parvis magna”, ou “grandiosidade por começos humildes”.

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7. Crash Bandicoot 2: Vortex Strikes Back

Apesar de não trazer o mesmo esmero visual de seu sucessor direto, Crash Bandicoot 2 trouxe o titular marsupial protagonista Crash — que está para o PlayStation o mesmo que o Sonic é para a SEGA ou o Mario para a Nintendo — em um ambiente cheio de novidades em relação ao primeiro jogo. Aqui é que foram introduzidas fases com navegação em veículos, por exemplo.

Geralmente visto como a escolha primária dos fãs mais hardcore da Naughty Dog, Crash Bandicoot 2 é provavelmente o último jogo que tinha uma pegada old school do gênero de plataformas, uma espécie de mentalidade de aprender uma fase por meio de tentativa e erro (ou morrer no meio do caminho) que torna esse um dos jogos de maior fator replay da indústria até hoje.

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6. Jak 2: Renegade

Um ditado que se vê muito no ambiente empresarial é: “em time que está ganhando, a gente não mexe”. Bom, a Naughty Dog jogou este conselho pela janela e, felizmente, dessa ousadia veio Jak 2: Renegade, a continuação direta de Precursor of Legacy e que bebe um pouquinho da fonte de Grand Theft Auto ao introduzir criminalidade e elementos tópicos de violência em um excelente jogo de plataforma.

Em Renegade, Jak e a doninha abusada e mecanizada Dexter estão de volta, desta vez posicionados em Haven City, um ambiente muito mais expansivo e aberto que o jogo anterior. O jogo está cheio de personagens secundários que lhes entregam missões de todos os tipos, colocando à prova os elementos de gameplay do jogo. Ah, e agora Jak consegue se armar perigosamente, adicionando um tom mais adulto à franquia até então “fofa”.

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5. Uncharted 2: Among Thieves

O primeiro estabeleceu a base, o segundo expandiu sobre elas: Among Thieves, a sequência direta de Drake’s Deception, é aclamado como um dos melhores jogos de ação da história ao mesmo tempo em que introduzia uma personagem com personalidade própria e muito segura de si (Chloe Frazier) e não se acanhou de usar mecânicas gigantescas de jogabilidade (começar o jogo escapando de um trem pendurado em um penhasco, por exemplo).

Uncharted 2 foi o primeiro da franquia a colocar mais foco na narrativa, com uma preocupação genuína em contar uma história fantástica de maneira convincente. E a Naughty Dog fez isso com extremo sucesso, estabelecendo mais uma competência de seu currículo, a de criar ótimos roteiros.

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4. Crash Bandicoot 3: Warped

O segundo jogo introduziu hoverboards? Ok, então o terceiro vai apresentar mundos inteiros! Essa é a premissa de Crash Bandicoot 3: Warped, que cimentou a posição de Crash como um dos personagens mais icônicos do gênero de plataforma. De longe o mais fácil dos três jogos principais, esse pequeno detalhe é facilmente ignorado pelo foco no elemento narrativo — algo inédito em uma franquia, até então, com enredos ignoráveis — e alta variação de cenários, o que era um deleite visual.

O volume de abertura que todas essas inovações lhe traziam, porém, é o real charme de Crash 3. Graças à entrada de novos elementos de gameplay, era possível atravessar as fases de várias formas diferentes, então essa experimentação de novos caminhos na segunda ou terceira partida acabaram posicionando este jogo bem alto em nossa lista.

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3. Uncharted 4: A Thief's End

De longe, o melhor Uncharted da franquia em nossa opinião, A Thief’s End é a “tempestade perfeita”, a epifania que fez a Naughty Dog entregar um jogo extremamente cativante do começo ao fim. Isso graças ao empenho da empresa em fechar a história de Nathan Drake com chave de ouro, introduzindo elementos mais focados em sua história e como as consequências de suas ações no passado moldaram o personagem que controlamos aqui.

A Thief’s End foi um dos jogos mais populares a testarem o real poder de hardware do PlayStation 4, aplicando elementos de progressão já conhecidos da franquia em uma máquina bastante poderosa e, ainda que o gameplay não seja lá muito diferente do que já conhecíamos de outros títulos, a trama que se desenrola nossa frente é um show à parte graças às excelentes atuações e dublagens de Nolan North (Nathan Drake), Troy Baker (Samuel Drake), Richard McGonagle (Victor Sullivan) e Elena Fisher (Emily Rose).

É um jogo que, apesar dos momentos mais estranhos, gera uma maior empatia do jogador para com os protagonistas, o que se converte em uma imersão sem igual na história da franquia. Ah, e as pitadas de sarcasmo de Nathan também dão um tempero a mais.

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2. Crash Team Racing

Falando diretamente? Crash Team Racing é o melhor jogo de corrida já lançado para qualquer PlayStation. Isso porque, embora beba muito da fonte de Mario Kart ao estabelecer uma competição motorizada de karts altamente combativa, com power-ups e mecanismos de dirigibilidade bastante similares ao precursor nintendista, CTR tem a sua própria identidade ao usar todo o rol de personagens e enredo da família “Crash” em um ambiente completamente inédito.

Em muitos aspectos, CTR inclusive pavimentou, em 1999, um caminho que Mario Kart só veria na década seguinte: os karts aqui passavam a impressão exata de como um bólido do tipo se comportava na vida real, com pistas compostas de curvas fechadas e longas retas que, mesmo depois de milimetricamente decoradas, ainda apresentavam imenso desafio ao jogador, que se via tentando desviar de foguetes, caixas explosivas e toda a sorte de itens que a aprimorada inteligência artificial fazia questão de usar nos momentos em que a vitória lhe parecia certa. Ah, e o multiplayer local ainda elevava o grau de dificuldade e colocava à prova amizades de anos de duração.

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1. The Last of Us

Para muitos, o jogo que definiu a geração do PlayStation 3, praticamente insuperável entre todas as plataformas, The Last of Us é a típica “obra sem erros” que aparece uma vez entre vários e vários anos nos videogames. A forma como a Naughty Dog construiu um produto que se amarra firmemente em todos os seus elementos — da apresentação visual de um mundo devastado por uma pandemia até a narrativa que mostra a redução e regresso da humanidade, junto da dublagem sem igual e jogabilidade criativa — tornam essa a nossa mais óbvia escolha para o primeiro lugar de nossa lista.

The Last of Us está em vias de ganhar uma sequência direta, o que para muitos de vocês pode fazer parecer que estamos colocando este em primeiro lugar para aproveitarmos o hype, mas asseguramos que não é o caso: a aventura de Joel e Ellie cria empatia do começo ao fim, mostrando personagens cativantes cujo relacionamento progride, junto do jogo, de uma relação de negócios até o homem adulto abraçar a criança como a filha que ele já teve e perdeu um dia. O final culmina em toda essa construção, deixando o jogador com a dúvida moral: o que você faria no lugar dele? Evidente que não vamos contextualizar aqui, mas é o tipo de pergunta que pesa na balança as seguintes opções: a necessidade de muitos ou o desejo de estar com quem você ama?

Esse impacto dramático é complementado por um jogo centralizado dentro da mecânica da furtividade, estabelecendo elementos de combate taciturnos, diferentes do clássico “tiro para todo lado”. Em The Last of Us, você não pode contra ninguém. Serão necessárias táticas de sobrevivência, por muitas vezes, questionáveis para que você saia incólume de batalhas contra os vários monstros do jogo, bem como os humanos cuja bússola moral já desceu pela descarga há muito tempo.

E o que vem pela frente?

Por ora, todas as fichas da Naughty Dog estão em The Last of Us Part II. O jogo, que tem lançamento marcado para 19 de junho de 2020, teve contratempos diversos por causa da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), bem como o vazamento de seu roteiro na internet. Há quem argumente que isso, no entanto, tenha ampliado o desejo dos fãs de comprarem o jogo.

É com essa empatia e capacidade de se integrar ao consciente do jogador que a Naughty Dog torna tão difícil escolher seus melhores produtos. E por isso a nossa lista é fruto de muito debate internamente no Canaltech. Por isso, queremos saber de você qual é o melhor jogo que a Naughty Dog já fez em sua opinião? Conte para a gente nos comentários abaixo!