EA remove times russos de jogos FIFA

A Electronic Arts, publicadora de jogos esportivos como FIFA 22, anunciou nesta quarta-feira (2) que excluirá os times do campeonato russo e a seleção do país nos jogos de futebol. A decisão fortalece o boicote tecnológico à nação do leste europeu, que iniciou uma invasão à Ucrânia na última semana.

• Diretor de World of Tanks é demitido após apoiar Rússia
• Intel e AMD paralisam exportação de componentes para a Rússia

Em comunicado publicado nas redes sociais, a EA manifestou solidariedade com a população ucraniana e pediu o fim da invasão russa. A nota oficial da publicadora confirma que a exclusão das equipes russas afetará todos os produtos FIFA, incluindo os jogos para consoles, PC e versões para dispositivos mobile. O comunicado ainda fala de uma avaliação de mais mudanças relacionadas a outros trechos dos jogos.

A EA é mais uma empresa do mercado de games e tecnologia que suspendeu diversas atividades na Rússia em resposta à invasão da Ucrânia. Nesta semana, a Apple, fabricante dos celulares iPhone, suspendeu a venda de aparelhos para o país presidido por Vladimir Putin.

A decisão da EA é uma das primeiras entre grandes da indústria de videogames e pode gerar mais desdobramentos. O vice-primeiro-ministro ucraniano pediu oficialmente que Sony e Microsoft, donas das marcas PlayStation e Xbox, suspendam temporariamente as operações e vendas na Rússia e na Bielorrússia.

Mykhailo Fedorov publicou uma declaração no Twitter solicitando o bloqueio temporário de todas as contas russas e bielorrussas nas plataformas, bem como a proibição temporária das equipes dos países a participarem de qualquer evento de esportes eletrônicos.

"Vocês, definitivamente, estão cientes do que está acontecendo na Ucrânia neste momento. A Rússia declara guerra não à Ucrânia, mas para todo o mundo civilizado. Se você apoia os valores humanos, deveria deixar o mercado russo!"

O boicote comercial e tecnológico à Rússia é uma resposta à guerra iniciada pelo país e representa uma represália comandada pelos Estados Unidos, que evitam interferir diretamente no confronto com tropas militares.