CEO da Activision Blizzard terá redução temporária no salário
Por Felipe Goldenboy • Editado por Bruna Penilhas | •

O chefe da Activision Blizzard, Bobby Kotick, afirmou que pediu para ter o próprio salário reduzido até que mudanças drásticas aconteçam na cultura da companhia, que desde julho está sendo investigada por manter uma cultura de assédio e discriminação entre os funcionários. O executivo receberá US$ 62.500 por ano, sem qualquer tipo de bônus.
- Aumento da porcentagem de mulheres e pessoas não-binárias no quadro de funcionários em 50%, e investimento de US$ 250 milhões para acelerar oportunidades para talentos diversificados nos próximos 10 anos;
- Fim da “arbitragem obrigatória” em alegações de assédio sexual e discriminação, ou seja, funcionários não serão mais obrigados a procurar soluções judiciais para fazer denúncias;
- Ser mais transparente em relação à equidade salarial. Bobby ressaltou que “nossa análise nos Estados Unidos mostrou que as mulheres na empresa ganhavam, em média, um pouco mais do que os homens em trabalhos comparáveis em 2020”;
- Fornecer um relatório trimestral sobre as “iniciativas no local de trabalho”. Também atualizará anualmente os acionistas sobre “contratação por gênero, contratação por diversidade e progresso no local de trabalho”.
Desde que a companhia foi denunciada por assédio, discriminação e má conduta sexual pelo DFEH (Departamento de Emprego e Habitação Justos da Califórnia, em tradução livre) nos Estados Unidos em julho, pelo menos 20 funcionários foram demitidos e outros 20 enfrentaram “outros tipos de ação disciplinar”.
Vale lembrar que a empresa está sendo investigada pelo governo dos Estados Unidos. Em agosto, a companhia também foi processada pelos próprios investidores por omitir escândalos de assédio. O nome de Bobby Kotick foi citado como réu, além do diretor financeiro Dennis Durkin e do seu antecessor, Spencer Neumann. Segundo os acionistas, os três foram “fundamentais na divulgação de informações falsas”.