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HP cogita adquirir fabricante do AI Pin por mais de R$ 5 bilhões

Por| Editado por Wallace Moté | 07 de Junho de 2024 às 13h03

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Humane
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Após notícias anteriores terem apontado que a Humane, criadora do gadget AI Pin, está à venda, novas informações apontam que a compradora pode ser a HP. Ao que parece, os valores da aquisição podem ser extremos, devendo superar US$ 1 bilhão — cerca de R$ 5,29 bilhões em conversão direta. 

De acordo com informações do portal New York Times, mais compradores em potencial já teriam aparecido. Porém, especula-se que os contatos seriam apenas causais, sem a abertura de um processo formal de venda. 

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A empresa ainda teria planos de fazer uma rodada de investimentos com valuation de 1,1 bilhão de dólares (~R$ 5,81 bilhões). Anteriormente, a empresa já tinha arrecadado US$ 240 milhões (~R$ 1,27 bilhão) de investidores do Vale do Silício, com nomes importantes como o de Sam Altman, CEO da OpenAI, estando envolvidos.

Anteriormente, representantes da Humane já tinham indicado que a empresa estaria avaliada em valores que giram entre US$ 750 milhões (~R$ 2,966 bilhões) e US$ 1 bilhão (~R$ 5,29 bilhões). 

A HP já tem um certo histórico de aquisições peculiares de outras empresas. Em 2010, a companhia gastou US$ 1,2 milhões para comprar a Palm (companhia que fazia assistentes pessoais digitais, ou PDAs) e o WebOS (sistema operacional para dispositivos smart) — a primeira foi descontinuada apenas um ano depois, enquanto o segundo foi vendido para a LG e hoje aparece nas TVs da marca coreana. 

AI Pin não entregou o esperado  

A possível venda da Humane para a HP tem relação direta com a repercussão bastante negativa nascida após o lançamento do AI Pin. O produto foi muito criticado por analistas de tecnologia, a ponto de ser considerado inutilizável em alguns casos.

O gadget foi anunciado como uma opção com potencial para substituir os smartphones, com o uso intensivo de Inteligência Artificial em um dispositivo com construção compacta.

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No entanto, ele se mostrou um produto basicamente inacabado, com um sistema operacional pouco intuitivo que funciona por meio de um projetor de imagens na palma da mão. Além disso, sua estrutura foi considerada pesada, especialmente pelo fato de ser fixado nas roupas apenas por componentes magnéticos. 

Outro problema relevante está na bateria, que entrega uma autonomia muito menor que a esperada. Funcionários apontam que diretores da empresa dispensaram alertas sobre a baixa duração da carga, e preferiram optar "pela positividade, em vez das críticas". 

Sua alimentação por indução é pouco eficiente, com superaquecimentos constantes que teriam levado executivos da Humane a usar pacotes de gelo para permitir o uso do AI Pin por mais tempo. 

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Também foi dito que o clima interno na empresa não estaria dos melhores, com a demissão de um engenheiro de software sênior após questionamentos em relação à prontidão do gadget para seu lançamento. 

As vendas do AI Pin estão longe do ideal. Estima-se que aproximadamente 10 mil unidades teriam sido pedidas, uma pequena parcela em comparação com as 100 mil unidades previstas pela Humane. 

O preço do produto não ajuda: ele custa nada menos que US$ 699 (~R$ 3.690), e seu uso ainda exige uma assinatura com mensalidade de US$ 24 (~R$ 127). No momento, o AI Pin está disponível para compra apenas nos Estados Unidos. 

Fonte: NY Times