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Visitante interestelar 3I/ATLAS pode desenvolver uma cauda espetacular este ano

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Unsplash/Justin Wolff
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O cometa interestelar 3I/ATLAS, rastreado no início de julho enquanto cruzava o nosso Sistema Solar, pode desenvolver uma cauda espetacular ainda neste ano. O objeto, que veio do disco espesso da Via Láctea, tem uma idade estimada em cerca de 7 bilhões de anos.

Um estudo publicado na revista The Astrophysical Journal Letters, liderado pelo astrofísico Matthew Hopkins, da Universidade de Oxford, sugere que o visitante interestelar pode ser rico em gelo de água.

A hipótese se baseia na composição típica dos sistemas planetários localizados no disco espesso da galáxia, onde esse composto costuma ser abundante.

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Segundo os cientistas, à medida que o 3I/ATLAS se aproxima do Sol, a radiação da estrela pode vaporizar as camadas externas do objeto, transformando o gelo em gás, que será expelido da superfície.

Esse processo forma uma espécie de "aura" chamada coma, que envolve o núcleo do cometa e costuma ser acompanhada por uma cauda brilhante — característica marcante dos cometas.

Mais antigo que o Sistema Solar

Com aproximadamente 7 bilhões de anos, o 3I/ATLAS é cerca de 3 bilhões de anos mais velho do que o nosso Sistema Solar, formado há 4,6 bilhões de anos. Isso faz dele não apenas o maior objeto interestelar já observado — superando os famosos 1I/ʻOumuamua e 2I/Borisov — como também o cometa mais antigo já visto pela humanidade.

“Todos os cometas não interestelares, como o Halley, se formaram junto com o Sistema Solar e têm no máximo 4,5 bilhões de anos. Mas os visitantes interestelares podem ser muito mais antigos e, entre os que conhecemos até agora, nosso modelo estatístico sugere que o 3I/ATLAS é, muito provavelmente, o cometa mais velho já observado”, afirmou Hopkins em entrevista ao Space.com.

Para identificar a origem do ATLAS, a equipe utilizou um protocolo chamado modelo de população de objetos interestelares Ōtautahi-Oxford. Esse sistema combina dados do satélite Gaia com informações sobre a composição química da Via Láctea e o movimento de corpos espaciais.

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Fonte: Live Science