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Fotos de Júpiter mostram Grande Mancha Vermelha ficando menor

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Novembro de 2023 às 12h18

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NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt/Seán Doran
NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt/Seán Doran

A Grande Mancha Vermelha, uma das características mais conhecidas de Júpiter, está diminuindo. Ela é a maior tempestade do Sistema Solar, mas novas fotos mostram que vem ficando cada vez menor e mais redonda.

O astrofotógrafo Damian Peach publicou uma sequência de fotos de Júpiter, que mostram as mudanças na Mancha em mais de 130 anos. Já Heidi Hammel, astrônoma que faz parte da equipe do telescópio James Webb, comentou as diferenças em seu perfil no X, o antigo Twitter, trazendo outras imagens da tempestade.

As fotos foram feitas durante a década de 1970 pela missão Pioneer 10. Segundo ela, as imagens “eram dramáticas, porque a tempestade era grande e vermelha, cercada por nuvens esbranquiçadas”.

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Hammel destacou que, “hoje, a Grande Mancha Vermelha ainda é a maior tempestade no Sistema Solar, mas é agora uma sombra da sua antiga glória”. E de fato: a Grande Mancha Vermelha existe há centenas de anos por lá, e já teve tamanho suficiente para comportar mais de dois planetas Terra.

A longa duração da tempestade está relacionada às características de Júpiter. Como não existem formações na superfície por lá, as tempestades não encontram fricção que possa afetar a ocorrência delas. Sem influências do tipo, as tempestades jovianas podem durar por longos anos.

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No caso, a Grande Mancha é uma tempestade que se move no sentido anti-horário, com ventos que sopram a até 480 km/h. Entretanto, ela foi diminuindo com o tempo — em 2014, imagens do telescópio Hubble mostraram que, agora, poderia abrigar só o tamanho de uma Terra.

Para alguns cientistas, o encolhimento da Grande Mancha Vermelha significa que ela está desaparecendo; para outros, a diminuição do tamanho parece ser algo temporário. Será que ela vai desaparecer? Para descobrrmos, mais estudos são necessários — e, felizmente, a sonda Juno pode ajudar na tarefa, pois está orbitando Júpiter e coletando dados sobre as nuvens do gigante gasoso.