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Três grandes surpresas sobre Saturno reveladas pela sonda Cassini

Por| 04 de Outubro de 2018 às 22h00

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NASA/JPL-Caltech/SSI
NASA/JPL-Caltech/SSI
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No dia 15 de setembro de 2017, a sonda Cassini fez seu mergulho final na atmosfera de Saturno, encerrando sua missão de duas décadas desde a data de seu lançamento (ela foi lançada em 1997, chegando à órbita do planeta em 2004 e "aterrissando" em 2005) . Além de belíssimas imagens de Saturno, seus anéis e suas principais luas, bem como descobertas científicas sem precedentes sobre o sexto planeta do Sistema Solar, a missão rendeu ainda um prêmio Emmy à NASA pela cobertura do "Grand Finale" da Cassini, com o vídeo promocional que você pode conferir logo abaixo.

E, ainda que tenha se passado mais de um ano desde o encerramento da missão, a imensidão de dados coletados pela Cassini segue em estudo, e muitas novas descobertas sobre Saturno ainda surgirão no futuro próximo.

Agora, pesquisadores revelaram três grandes surpresas sobre o gigante gasoso:

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Campo magnético estranhamente plano

A Terra não é plana, mas o campo magnético de Saturno é. Os campos magnéticos dos planetas do Sistema Solar são inclinados até certo ponto, já que o de Netuno, por exemplo, está 47 graus "torto". E, agora, descobrimos que o campo magnético de Saturno parece estar perfeitamente plano, sendo que as atuais teorias sobre como esses campos são gerados sugerem que isso seria impossível.

O que isso significa? Uma possibilidade é de que Saturno produz seu campo magnético de maneira diferente dos demais planetas do nosso sistema, com, provavelmente, muitas camadas (como se fosse uma cebola) de partículas produzindo o campo — em vez de uma única zona.

Anéis estão mais conectados com a atmosfera do que sabíamos

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Mesmo com o imenso espaço vazio entre a superfície de Saturno e seus anéis, há muita coisa acontecendo ali — muito mais do que imaginávamos. Ali, há um fluxo de correntes elétricas que fluem entre os anéis e a atmosfera superior. De acordo com os estudos, ainda não está claro o que causa esse fenômeno, ou por que essas correntes estão ali.

Ainda, há um cinturão de radiação vindo de partículas energéticas presas entre os anéis e o planeta — algo semelhante ao Cinturão de Van Allen da Terra.

Anéis "chovem" no planeta

No espaço que fica entre o topo da atmosfera do planeta e os anéis mais profundos, descobriu-se que há uma constante "chuva" de partículas que caem dos anéis — o que foi chamado de "ring rain" (ou "chuva de anel", traduzindo livremente). Ao redor do equador de Saturno, esse dilúvio é tão intenso que deposita até 45 mil quilos de poeira, gelo e gás por segundo, o que equivale a cerca de 1.800 carros caindo no planeta a cada minuto.

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Uma chuva tão forte como essa pode significar que os formidáveis anéis de Saturno podem desaparecer mais rapidamente do que pensamos. E, enquanto os anéis são compostos principalmente por água congelada, essa chuva de partículas tem amônia, nitrogênio, metano e partículas orgânicas ainda mais complexas. De acordo com os pesquisadores, isso pode afetar a química das camadas superiores da atmosfera de Saturno.

Fonte: New Scientist