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Tempestade solar moderada provocou apagão de rádio em partes da Ásia e Austrália

Por| Editado por Rafael Rigues | 26 de Abril de 2022 às 11h30

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NASA/SDO
NASA/SDO

Uma agitada mancha solar produziu duas erupções classificadas como moderadas nesta segunda-feira (25), provocando apagão de rádio em partes da Ásia e Austrália. Elas são explosões de radiação eletromagnética que, quando lançadas em direção à Terra, podem interromper comunicação de rádio e aumentar o nível de radiação ao qual os astronautas estão sujeitos no espaço.

A mancha solar AR2993 tem produzido algumas tempestades solares nas últimas semanas. Dessa vez, ela liberou duas erupções de classe M.1, uma imediatamente após a outra, enviando partículas altamente energéticas em direção ao planeta.

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A AR2993 é uma mancha de tamanho médio, mas ela tem centenas de milhões de quilômetros quadrados de tamanho — a Terra caberia facilmente dentro dela. E segundo Dean Pesnell, físico solar no Goddard Space Flight Center, da NASA, essa mancha não representa o melhor que o atual ciclo solar pode produzir.

As manchas são regiões ativas do Sol onde o campo magnético é temporariamente mais intenso do que o redor. Isso bloqueia o fluxo de gás quente, deixando as manchas mais frias do que a área circundante. As explosões ocorrem quando as linhas magnéticas próximas se reorganizam.

Essas explosões, às vezes, podem desencadear ejeções de massa coronal (CMEs) — basicamente, o plasma do Sol. A cada 11 anos, o Sol passa por um novo ciclo, marcado pelo aumento de suas manchas e das tempestades solares. Nos últimos dias, diversas tempestades foram observadas.

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Atualmente, o Sol está rumando para o pico do Ciclo Solar 25, o que significa que ele atravessa seu período de maior intensidade. No entanto, espera-se que o pico seja atingido somente em 2024 ou final de 2025. Ou seja, até lá certamente veremos manchas solares e erupções bem mais intensas do que essas recentes.

Na semana passada uma erupção classificada como X2.2, a categoria mais intensa, também surgiu da mancha AR2993. Para efeitos de comparação, uma erupção X é 10 vezes mais poderosa que uma M.

Tanto as erupções quanto as CMEs são as responsáveis por espetáculos de luzes nos polos da Terra. Quando as partículas altamente carregadas do Sol atingem as moléculas de ar da atmosfera, elas são agitadas e passam a emitir luz. O resultado são as auroras boreal (no hemisfério norte) e austral (no sul).

Fonte: Via ScienceAlert