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Telescópio James Webb tira nova foto da Nebulosa do Anel e sua estrela

Por| Editado por Patricia Gnipper | 21 de Agosto de 2023 às 13h38

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ESA/Webb, NASA, CSA, M. Barlow, N. Cox, R. Wesson
ESA/Webb, NASA, CSA, M. Barlow, N. Cox, R. Wesson

O telescópio James Webb capturou uma nova imagem da Nebulosa do Anel, revelando esta nebulosa planetária com detalhes jamais vistos antes. A nova imagem revela a estrutura formada pela estrela no interior dela, ejetando suas camadas externas conforme esgota suas reservas de combustível para a fusão nuclear que sustenta sua estrutura.

Também conhecida como M57 e NGC 6720, a Nebulosa do Anel fica a apenas 2.500 anos-luz da Terra. Ela aparece em novas imagens capturadas pelos instrumentos NIRCam (Near-InfraRed Camera) e MIRI (Mid-InfraRed Instrument), que revelaram os detalhes do anel interno e das regiões mais externas dela, respectivamente.

Confira:

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A região interna dela é formada por gás altamente aquecido, e o envelope principal da sua estrutura tem um anel fino, composto por emissões dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. Um pouco à frente da borda externa do anel principal, há cerca de dez arcos concêntricos.

Estes arcos parecem ter sido formados pelas interações entre a estrela principal da nebulosa planetária e sua vizinha, um objeto de menor massa. Ambas se orbitam a uma distância comparável àquela que separa a Terra do planeta anão Plutão.

“Conforme a estrela morrendo expeliu sua atmosfera, a estrela vizinha influenciou o fluxo e o esculpiu. Nenhum outro telescópio teve a sensibilidade e a resolução espacial para revelar esse efeito sutil”, observou Roger Wesson, da Universidade de Cardiff. “Como uma estrela esférica formou uma nebulosa tão estrutura e complexa? Uma pequena ajuda de uma vizinha binária pode muito bem ser parte da resposta”, acrescentou.

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No centro da estrela, está a estrela chegando ao fim de sua vida. No momento, ela está passando por um processo que vai transformá-la em uma anã branca, um objeto denso, pequeno e extremamente quente. Enquanto avança para esta etapa, ela expeliu o material que formou o anel principal da nebulosa.

Aliás, talvez você tenha percebido que ela tem formato alongado, parecido com o de um donut alongado. Isso é resultado da nossa perspectiva de observação: nós observamos a M57 quase na direção de um dos seus polos, com materiais se afastando de nós.

O centro dela pode parecer vazio, mas está preenchido por matéria de menor densidade. O material se estende na nossa direção, mas também se afasta. Desta forma, ele cria um formato que lembra uma bola de futebol americano.

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A Nebulosa do Anel

Este objeto foi descoberto em 1779 pelos astrônomos Antoine Darquier de Pellepoix e Charles Messier. Ambos se depararam com a nebulosa enquanto tentavam acompanhar a trajetória de um cometa que se movia pela constelação Lyra — e, por coincidência, ele passou bem perto da M57.

Ela é uma nebulosa planetária, ou seja, um envelope de gás expelido por uma estrela chegando ao fim do seu ciclo. Assim como aconteceu na foto da Nebulosa do Anel Sul, um dos primeiros objetos registrados pelo telescópio, a Nebulosa do Anel mostra estruturas complexas, formadas pela estrela.

Fonte: NASA, ESA