James Webb tira foto da Nebulosa do Anel com riqueza de detalhes
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper | •
O telescópio James Webb capturou uma bela foto da nebulosa M57, mais conhecida pelo apelido Nebulosa do Anel. A imagem foi revelada nesta quinta-feira (3) por uma equipe internacional de astrônomos, e mostra detalhes jamais vistos antes neste objeto, que revela aos cientistas as etapas e os processos dos ciclos estelares.
A Nebulosa do Anel é um objeto fascinante, que nos mostra o que acontece quando estrelas de massa parecida com a do Sol chegam ao fim de suas vidas. Nesta etapa, elas expandem suas camadas gasosas e formam uma nebulosa planetária. No centro da nebulosa em questão, está a anã branca, que é o que restou do núcleo da estrela.
Este objeto já foi registrado por diferentes telescópios e, agora, foi a vez do Webb. A nova foto foi feita em agosto do ano passado pelo NIRCam, um dos quatro instrumentos científicos que equipam o novo telescópio. Com as novas imagens, os cientistas podem estudar os processos complexos por trás da estrutura abaixo:
Na imagem, o anel principal da nebulosa aparece com grande nitidez, acompanhado por um halo de brilho fraco e estruturas delicadas. A parte interna do anel é preenchida por gás quente, e em seu centro, está a estrela anã branca que liberou o material há 4 mil anos. Ela é extremamente quente, e sua temperatura passa dos 100 mil graus Celsius.
Mike Barlow, professor da Universidade de College London, descreveu que as fotos mostram os detalhes da estrutura em expansão da nebulosa, revelando também a região interna ao redor da anã branca ali.
“Estamos testemunhando os capítulos finais da vida de uma estrela, uma prévia do futuro distante do Sol”, disse ele. “Podemos usar a Nebulosa do Anel como nosso laboratório para estudar como as nebulosas planetárias se formam e evoluem”, acrescentou.
As nebulosas planetárias como a M57 têm alta quantidade de elementos pesados, formados pela estrela durante sua vida. Futuramente, grande parte destes elementos vai ser incorporada nas nuvens interestelares, que são grandes nuvens de gás e poeira. Quando partes delas condensar e colapsar sobre suas próprias estruturas, elas vão formar novas estrelas com o material de suas antecessoras.
Fonte: Western University