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Talvez a NASA descubra vida alienígena com essas missões na década de 2020

Por| 06 de Janeiro de 2020 às 19h30

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Talvez a NASA descubra vida alienígena com essas missões na década de 2020
Talvez a NASA descubra vida alienígena com essas missões na década de 2020
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Não acreditar em vida extraterrestre é ir contra as probabilidades. Ainda assim, o ano é 2020 e ainda não tivemos nenhum indício irrefutável de que a vida floresceu em outros lugares além da Terra. Mas, no que depender da NASA, essa busca fica cada vez mais intensa já nesta década que se inicia agora — graças às missões que vamos abordar nesta matéria.

A agência espacial dos Estados Unidos, a partir deste ano de 2020, aumenta consideravelmente as missões espaciais que têm, entre outras coisas, o objetivo de descobrir vida extraterrestre — quer ela ainda exista, quer tenha existido em um passado muito distante. Alvos como Marte, luas de Júpiter e Saturno e atmosferas de exoplanetas são os mais visados nesta empreitada.

"Com toda essa atividade, em tantas áreas diferentes, estamos à beira de uma das descobertas mais profundas de todos os tempos", disse Thomas Zurbuchen, diretor de ciência da NASA. E, segundo Ellen Stofan, ex-cientista chefe da agência, "sabemos onde procurar, sabemos como procurar e, na maioria dos casos, já temos a tecnologia".

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Existe (ou existiu) vida em Marte?

Marte ainda é um dos melhores candidatos na busca por vida existente outro lugar além do nosso planeta. É improvável, contudo, que algum tipo de vida ainda sobreviva por lá nos dias atuais, mas cientistas têm fortes evidências de que existiu, sim, vida em Marte em um passado longínquo.

Há muito tempo, o Planeta Vermelho tinha uma atmosfera tão espessa quanto a da Terra, o que manteria sua superfície aquecida o suficiente para a manutenção da água no estado líquido. E depois de descobertas recentes de que Marte já teve rios e até mesmo um oceano, a ideia da NASA é enviar um rover em julho deste ano capaz de encontrar essas bioassinaturas — se existirem.

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A missão Mars 2020 procurará por fósseis alienígenas, ainda que de vidas microbianas, e a mesma coisa será feita pela ESA com o rover Rosalind Franklin, parte da missão ExoMars, que também tem lançamento acontecendo em julho deste ano. Ambos chegarão cada um a seu destino no ano que vem, quando iniciarão essa busca fantástica.

E se existir vida em Europa, lua congelada de Júpiter?

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Outro mundo do Sistema Solar que é um ótimo candidato para abrigar algum tipo de vida é Europa, lua congelada de Júpiter. É que ali há um oceano líquido abaixo da crosta congelada, e a vida poderia ter surgido em torno de aberturas vulcânicas no fundo do mar desta lua — afinal, aqui na Terra esses respiradouros produzem calor intenso o suficiente para desencadear reações químicas, o que permite o desenvolvimento de ecossistemas sem a influência da luz solar.

A NASA está preparando a missão Europa Clipper justamente para olhar Europa de perto, em busca de sinais de algum tipo de vida. A sonda orbital dará 45 voltas ao redor deste satélite natural, e se aproximará da superfície a uma altitude de 26 quilômetros, apenas, voando através das plumas de vapor de água que são expelidas a partir de rachaduras na crosta. Dessa maneira, a sonda poderá analisar o conteúdo de tais plumas, entendendo melhor o que existe lá embaixo.

A Europa Clipper deve ser lançada em 2023 e, dependendo do que descobrir por lá, a NASA pode preparar uma outra missão exploratória, esta capaz de pousar em Europa e perfurar 10 cm abaixo da superfície, extraindo amostras para análises em um mini-laboratório a bordo.

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Titã, lua de Saturno, também pode abrigar algum tipo de vida

A NASA também vai enviar nesta década um helicóptero movido a energia nuclear chamado Dragonfly para Titã, lua de Saturno cuja geologia lembra muito a da Terra — exceto pelo fato de que os lagos, por lá, são formados por etano e metano líquido, em vez de água.

Titã recebe apenas cerca de 1% da luz solar que chega à Terra e, por isso, a nave não poderá contar com a energia solar, como é o caso da sonda Juno, que explora Júpiter desde 2016. Por isso a agência espacial optou pelo uso de plutônio em decomposição para alimentar os motores.

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Este satélite natural, ao trocar água por metano, poderia ter gerado algum tipo de vida totalmente diferente do que conhecemos, pois um novo conjunto de produtos químicos poderia compor um novo tipo de DNA. E é isso o que a NASA deseja descobrir.

A missão Dragonfly deve ser lançada em 2026, chegando a seu destino em 2034.

Vida além do Sistema Solar

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Além de missões enviando naves e sondas a mundos do nosso quintal espacial, a NASA também passará esta década procurando por sinais de vida em planetas que orbitam outras estrelas além do Sol — os chamados "exoplanetas". Isso acontecerá com novos telescópios capazes de detectar possíveis sinais de vida — ou ao menos de habitabilidade.

Com o trabalho do telescópio espacial Kepler, a ciência já pôde confirmar a existência de mais de 4 mil exoplanetas. Com o fim da missão deste telescópio, quem continua seu legado é o telescópio espacial TESS, lançado em 2018 e que já vem descobrindo novos mundos em outros sistemas estelares. O TESS deverá continuar esse trabalho pelo menos até o ano de 2022, e espera-se que ele encontre dezenas de planetas similares à Terra — os considerados como os melhores candidatos à vida alienígena.

E outros dois telescópios espaciais ainda não lançados também terão papel importante na busca por vida além da Terra. Um deles é o sucessor do Hubble, o James Webb, e o outro é o WFIRST (Wide Field InfraRed Survey Telescope). Ambos também buscarão planetas orbitando estrelas distantes na busca por indícios de vida.

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Enquanto o James Webb, a ser lançado em março de 2021, analisará a composição da atmosfera de exoplanetas em busca de bioassinaturas, o WFIRST, ainda sem data definida para lançamento (mas provavelmente em meados da década de 2020), medirá a luz de um bilhão de galáxias, além de examinar toda a Via Láctea.

Fonte: Business Insider