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Starship está quase pronto para fazer voos orbitais em breve, diz Elon Musk

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Fevereiro de 2022 às 11h10

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O Starship, novo e poderoso veículo de lançamentos espaciais da SpaceX, está quase pronto para realizar seu primeiro teste de voo orbital. O que falta agora é apenas a aprovação ambiental da Federal Aviation Administration (FAA), que poderá ser concedida em março.

Foi o que disse Elon Musk, CEO da empresa, durante uma apresentação realizada na noite de quinta-feira (10), na qual ele trouxe atualizações sobre o desenvolvimento do foguete. Ele parece bem otimista não somente para voos orbitais do Starship acontecerem antes do fim do ano, mas também para as possibilidades futuras com o foguete.

Musk conduziu a apresentação diante de um sistema Starship na configuração completa, ou seja, com o veículo homônimo instalado sobre o propulsor Super Heavy. Juntos, ambos formam um sistema lançador com cerca de 119 m de altura, o mais alto e mais potente já construído — o recorde anterior pertencia ao foguete Saturn V, da NASA, com 111 m de altura.

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Tanto o Super Heavy quanto o Starship foram projetados para serem completa e rapidamente reutilizáveis, o que permite uma redução de custos que, para Musk, irá revolucionar os voos espaciais. Se tudo correr conforme o planejado pela empresa, cada Starship poderá ser lançado com intervalos de seis a oito horas, e os boosters devem estar renovados a cada hora.

Por isso, Musk acredita que cada voo custe alguns milhões de dólares ou até mesmo um milhão por missão. “Estes números são incrivelmente baixos para os padrões espaciais”, explicou o bilionário. Se estes valores e ritmo forem realmente alcançados, ele considera que a colonização de Marte, um objetivo antigo da SpaceX, poderá se tornar uma possibilidade real.

Os voos orbitais com o Starship

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Durante a apresentação, Musk explicou que a reusabilidade rápida será essencial para cumprir estes objetivos — e a forma de consegui-la é com os braços robóticos da torre que servirá como plataforma de lançamentos, e receberá os foguetes em seu retorno. “Obviamente, ainda precisamos conseguir isso, e ainda não o fizemos”, disse ele. “Se o foguete descer muito rápido e arrancar os braços, acho que será um adeus a eles”.

Além disso, nenhum dos protótipos realizou voos propriamente ditos até o momento, somente alguns “saltos” de baixa altitude. Por outro lado, é possível que o Starship não esteja mais tão distante de seu primeiro voo orbital. “Neste momento, estou altamente confiante de que vamos à órbita neste ano”, afirmou Musk. Ele está otimista em relação à avaliação da FAA, e acredita que a instituição não deve recomendar uma nova declaração de impacto ambiental, que levaria mais tempo.

Caso a FAA decida que uma nova declaração seja necessária, a SpaceX ainda pode optar por construir a estrutura necessária no Kennedy Space Center, na Flórida, para os voos — mas aí seria preciso construir a torre de lançamentos e captura por lá. “Acredito que, no pior cenário, talvez tenhamos um atraso de seis a oito meses para construir a torre de Cabo Canaveral e lançar de lá”, sugeriu.

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Ele adiantou também que alguns Starship deverão ser perdidos no caminho, e recordou que foram necessárias cerca de 15 tentativas para pousar um propulsor do foguete Falcon 9. “Não acho que vamos precisar de tudo isso com o Starship, porque temos essa experiência”, disse. “Mas certamente não é algo que vai funcionar de primeira”.

O futuro do Starship

Atualmente, as equipes da SpaceX estão agilizando ao máximo o trabalho em uma série de foguetes Starship e nos propulsores Super Heavy. Segundo Musk, a empresa está produzindo e testando o motor Raptor 2, uma nova versão que conseguirá produzir 460 mil libras de empuxo, 25% a mais que o motor original — e que poderá chegar a 500 mil. O novo motor utilizará o mesmo propelente, de metano e oxigênio líquido.

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A SpaceX planeja concluir o Starship com um custo de desenvolvimento de até 10% daquele necessário para a construção do Saturn V, durante a década de 1960. “Claro, precisamos fazer funcionar”, disse. “Ainda não funcionou, mas vai. Pode haver alguns tropeços no caminho, mas vai funcionar”. Desde o início do programa Starship, várias mudanças já ocorreram no projeto, mas o objetivo continua o mesmo: desenvolver um foguete reutilizável que possa levar mais cargas ao espaço que qualquer outro.

No fim, a ideia da empresa é usar o Starship para estabelecer a presença humana em Marte. “Acho que você precisa de um milhão de toneladas em Marte para ter uma cidade autossustentável”, sugeriu. “O Starship é capaz disso [...] e acho que deveríamos tentar fazer isso o mais cedo que pudermos”, disse. Como de costume, ele apresentou alguns objetivos bastante ambiciosos, mas sem um cronograma definido.

Segundo Musk, o plano é realizar pelo menos uma montagem de Starship por mês e, talvez, de uma nave a cada três dias. “Haverá mais naves do que propulsores, porque o booster pode, mesmo sendo gigante, voltar em cerca de seis minutos”, disse. “Se as naves pararem de vir da Terra [para Marte] por algum motivo, a cidade irá morrer”, alertou.

No vídeo abaixo, você confere a transmissão completa da apresentação realizada por Musk sobre o Starship:

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Fonte: Via: Space.com, CNet, Spaceflight Now, BBC