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Sonificação | NASA cria músicas a partir de imagens do espaço; ouça!

Por| 04 de Janeiro de 2021 às 17h40

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Uma das formas mais comuns de visualizarmos os objetos que existem no universo é por meio de imagens pós-processadas e com cores ricase variadas. Entretanto, este não precisa ser o único jeito de conhecermos o que há no espaço: o projeto Data Sonification, da NASA, traduz as informações coletadas por missões e as transforma em sons tocados por instrumentos variados. Agora, três novos objetos foram "sonificados".

Para isso, pesquisadores do observatório de raios-X Chandra selecionaram três imagens dos arquivos e traduziram as diferentes frequências de luz para diferentes sons. A ideia do projeto é trazer o conteúdo científico da NASA para o ambiente de aprendizado, de uma forma que seja eficiente para estudantes de todas as idades. A produção foi feita por meio de uma colaboração entre Kimberly Arcand, cientista de visualização de dados, junto do astrofísico Matt Russo e o músico Andrew Santaguida, ambos do projeto SYSTEMS Sound.

Esta não é a primeira vez em que dados dos objetos no universo são traduzidos para sons e músicas: recentemente, os pesquisadores criaram a experiência por meio de imagens da Via Láctea. Confira as novas sonificações produzidas:

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Aglomerado da Bala 

Essa imagem do aglomerado 1E 0657-56 forneceu a primeira prova direta da ocorrência da matéria escura, a substância misteriosa que, embora não possa ser vista, compõe a maior parte da matéria presente no universo. Os raios-X observados pelo Chandra, em rosa, indicam onde o gás quente nas duas galáxias em fusão foi afastado da matéria escura, e podem ser vistos nos dados da lente gravitacional observada pelo Hubble, em azul.

Quando as informações foram transformadas em som, cada camada de dados foi limitada a uma amplitude com frequência específica. Os dados que mostram a matéria escura são representados por frequências mais baixas, enquanto os raios-X foram representados por frequências mais altas. Já as frequências médias indicam as galáxias presentes no aglomerado.

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Nebulosa do Caranguejo

Essa belíssima formação é estudada pela humanidade desde 1050 a.C., quando apareceu no nosso céu pela primeira vez e foi testemunhada por astrônomos chineses nas proximidades da constelação de Touro. Na época, seu brilho estava tão forte que ficou visível durante semanas, mesmo de dia. Hoje, os telescópios modernos já conseguiram registrar a estrela de nêutrons que alimenta essa nebulosa, formada pelo colapso de uma estrela massiva. Assim, ao unir a rotação rápida e um forte campo magnético, ocorrem poderosos jatos de matéria e antimatéria fluindo para longe dos polos da estrela.

Para a “tradução” destes dados, cada comprimento de onda foi combinado com diferentes instrumentos: os dados de raios-X obtidos pelo Chandra, em azul e branco, são tocados por instrumentos de sopro; já os dados ópticos do Hubble são representados por sons de instrumentos de cordas, enquanto os do Spitzer, em infravermelho, são de instrumentos de madeira. A luz na parte superior da imagem foi representada por notas mais agudas e, nas áreas mais brilhantes, o som fica mais alto.

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Supernova 1987A 

Em 24 de fevereiro de 1987, observadores puderam testemunhar algo acontecendo na galáxia Grande Nuvem de Magalhães: ali, havia ocorrido uma das explosões de supernova mais brilhantes, que ficou conhecida como Supernova 1987A, ou apenas “SN 87A”. Hoje, novos estudos mostram que esta supernova pode ter sido formada por uma estrela supergigante azul. O vídeo acima mostra observações feitas pelo Chandra, em azul, e pelo Hubble, em laranja e vermelho, de 1999 a 2013.

O anel denso formado por gás foi ejetado pela estrela antes da supernova ocorrer, e vai brilhando mais forte conforme a onda de choque da supernova passa. Você irá perceber que, conforme o cursor vai se movendo pela imagem, os dados são convertidos em um som mais agudo — e quanto mais brilhante a luz fica, mais altas são as notas. Os dados ópticos foram convertidos em um conjunto de notas mais amplo que os dados de raios-X para que os dois comprimentos de onda possam ser ouvidos ao mesmo tempo.

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Fonte: NASA