Sonda Juno tira fotos de lagos de lava e montanhas na lua Io
Por Danielle Cassita | Editado por Luciana Zaramela | 08 de Fevereiro de 2024 às 10h50
![NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/E.Wälimäki © CC BY](https://t.ctcdn.com.br/h908cBoit924k2ry5lIurAKkft8=/640x360/smart/i855749.png)
A sonda Juno fez uma nova visita à lua Io, de Júpiter. O novo sobrevoo aconteceu no último sábado (3), rendendo novas fotos e até uma animação, que mostra a espaçonave se aproximando gradualmente do satélite natural joviano.
Esta foi a segunda vez que a Juno sobrevoou Io — a primeira foi em dezembro do ano passado. Em cada um destes encontros, a sonda ficou a cerca de 1.500 km acima da superfície da lua.
Confira a sequência de fotos abaixo, que revelam a Juno ficando cada vez mais perto de Io:
Segundo informações da NASA, a segunda passagem foi feita predominantemente sobre o hemisfério sul de Io, e as anteriores, pelo norte. "Há evidências de uma pluma ativa, picos montanhosos altos com sombras bem definidas e lagos de lava — alguns com ilhas aparentes", descreveram.
Como muitos dos dados coletados ainda vão ser analisados por cientistas, não foram disponibilizados ao público até o momento. Por outro lado, as fotos capturadas durante a visita a Io revelam detalhes impressionantes desta lua altamente vulcânica.
Estes e outros sobrevoos que a Juno ainda vai fazer por Io vão ajudar os cientistas a entender melhor a origem dos seus vulcões. Além disso, podem revelar também se existe ou não um oceano de magma sob a superfície da lua.
Lançada em 2011, foi somente em 2016 que a Juno chegou a Júpiter. Sua missão original envolvia explorar o planeta e sua atmosfera, e após completá-la, a equipe decidiu estendê-la em 2021. Desde então, a Juno vem estudando parte das luas de Júpiter e seus anéis.
A lua Io
Io é a terceira maior lua de Júpiter, sendo considerada também o mundo mais vulcanicamente ativo em todo o Sistema Solar. O título não é sem motivo: ela é coberta por centenas de vulcões, que expelm lava a dezenas de quilômetros de altura. Esta atividade se deve às interações gravitacionais entre Io, Júpiter e as luas Europa e Ganimedes.
Fonte: NASA