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Rumor diz que NASA não vai mais comprar vaga em nave Soyuz; Rússia nega o boato

Por| 09 de Setembro de 2020 às 19h15

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Roscosmos
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Embora o primeiro voo de astronautas da NASA a bordo da nave Crew Dragon na missão Demo-2 tenha sido um sucesso, os EUA ainda consideravam pagar US$ 90,25 milhões por um assento na espaçonave russa Soyuz, só por garantia, caso alguma coisa desse errado com a cápsula da SpaceX na próxima expedição à Estacão Espacial Internacional (ISS). Mas alguns rumores indicam que as coisas podem não acontecer conforme o esperado.

A reserva de uma vaga na Soyuz MS-18 foi anunciada por Jim Bridenstine, que, em maio, já estava elaborando o planejamento para os voos futuros. O lançamento da Soyuz está agendado para meados de outubro, e o acordo deve garantir que a NASA “mantenha seu compromisso com operações seguras por meio de uma presença contínua dos EUA na ISS até que veículos comerciais de tripulação estejam em serviço regular”, de acordo com a agência norte-americana.

Do outro lado, o chefe da Roscosmos, Dmitry Rogozin, já havia anunciado a vaga fornecida à NASA para os lançamentos de outubro de 2020 e abril de 2021. Além disso, um relatório da Roscosmos confirma que “no início de 2020, o lado americano anunciou que estava pronto para adquirir serviços para a entrega de apenas um astronauta no outono [do hemisfério norte] de 2020”.

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Tudo favorecia a continuidade da parceria, garantindo pelo menos um astronauta da NASA na ISS até outubro de 2021, em caso de atrasos no lançamento de novas espaçonaves tripuladas dos EUA. No final de agosto, a Crew Dragon retornou à Terra com segurança, indicando que ela pode funcionar muito bem em voos operacionais (a missão Demo-2 ainda é apenas um teste, embora tripulado).

A NASA desistiu do acordo?

Uma fonte anônima da indústria espacial, entretanto, afirmou em agosto deste ano que a ISS estava prestes a receber, pela primeira vez em sua história, uma tripulação composta apenas por russos. Ou seja, que a NASA desistira de enviar um de seus astronautas no veículo da Roscosmos. Será que, com o sucesso da Crew Dragon, a NASA decidiu não usar mais a Soyuz?

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De acordo com a NASA, desde 2006, os Estados Unidos colecionaram um total de 72 assentos na Soyuz, totalizando mais de US$ 4 bilhões para o transporte de astronautas estadunidenses, europeus, canadenses e japoneses (tripulantes desses países são enviados como parte do mesmo time da NASA) para a ISS e de volta à Terra. Durante esse tempo, o custo dos voos aumentou de $20 milhões para $90 milhões.

Uma vez que a SpaceX usa tecnologia de veículos espaciais com partes reutilizáveis, seus voos são consideravelmente mais baratos — custa US$ 55 milhões para voar na Crew Dragon da empresa de Elon Musk. Assim, faz sentido que a NASA use apenas essa cápsula. Por outro lado, se algo der errado no lançamento da SpaceX, a ISS ficará por seis meses sem astronautas que não sejam russos.

Roscosmos nega rumores

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Na última terça-feira (8), a estatal russa Roscosmos negou os rumores que apareceram na mídia. “Isso não é verdade”, disse o administrador da agência russa em uma publicação no Twitter. Ele ainda afirmou que, no próximo ano, a Rússia vai treinar tripulações internacionais para suas futuras missões Soyuz à ISS. “A Roscosmos em breve considerará propostas de tripulantes de missões da ISS, que treinarão para voos espaciais em 2021”, afirmou.

Não há mais informações sobre os planos para 2021, mas a Roscosmos promete mais detalhes assim que o diretor-geral da corporação aprovar os novos membros da tripulação. De acordo com o relatório da agência espacial russa, os EUA até agora confirmaram apenas a compra de um assento na Soyuz para outubro de 2020, deixando os planos para ano de 2021 na incógnita, provavelmente porque, até lá, a cápsula da Boeing, chamada Starliner, também poderá estar pronta para levar astronautas à estação orbital.

Fonte: Roscosmos, RIA Novosti