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Rover Curiosity chega a "região especial" repleta de minerais em Marte

Por| Editado por Patricia Gnipper | 20 de Outubro de 2022 às 14h33

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O rover Curiosity chegou a uma região especial do Monte Sharp, em Marte. Após uma jornada por terrenos arenosos, o rover alcançou a chamada “unidade de sulfato”. Esta é uma região do Planeta Vermelho rica em sais minerais, que podem revelar como e porquê nosso vizinho se tornou um mundo desértico e frio.

O Curiosity pousou em Marte em 2012, mas os minerais já haviam sido identificados anos antes pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, também da NASA. Os minerais podem ter sido deixados para trás conforme Marte perdeu sua água, e por isso, havia grandes expectativas para a chegada do rover ali. A viagem não foi fácil: o Curiosity precisou atravessar terrenos irregulares e áreas com rochas afiadas, capazes de perfurar suas rodas já danificadas, com tantos anos de exploração do planeta.

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Após enfrentar estes desafios, o Curiosity chegou à nova região, e encontrou diferentes rochas e sinais de que a água fluiu por ali no passado. Entre os minerais encontrados, estavam o sulfato de cálcio (presente no gesso) e cloreto de sódio (sal de cozinha). Após várias análises e considerações técnicas, relacionadas ao hardware do rover, a equipe da missão decidiu estudar melhor a rocha apelidada “Canaima”.

“Como sempre fazemos antes de perfurar, varremos a poeira e cutucamos a superfície de Canaima com a broca”, disse Kathya Zamora-Garcia, a nova gerente de projeto do Curiosity. Com isso, eles notaram que não havia marcas na rocha, indicando que poderia ser difícil perfurá-la, e verificaram se haveria algum risco para o rover.

A equipe optou por seguir com o procedimento. “Com o nome algoritmo de perfuração, criado para minimizar o uso de percussão, ficamos confortáveis em coletar uma amostra de Canaima”, explicou ela. “No fim, a percussão não foi necessária”, acrescentou. O material será analisado com os instrumentos Chemical and Minerology (CheMin) e Sample Analysis at Mars instrument (SAM).

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A região pode guardar informações importantes sobre o passado de Marte, mas o terreno por lá dificulta que as seis rodas do Curiosity sejam mantidas no solo, em estabilidade; se não estiverem estáveis, os engenheiros preferem não estender o braço do rover, para evitar que ele atinja rochas irregulares. “Quanto mais interessantes ficam os resultados científicos, mais obstáculos Marte parece jogar para nós”, observou Elena Amador-French, coordenadora das operações científicas do Curiosity.

Fonte: NASA