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Pesquisadores fritam batatas na microgravidade em experimento

Por| Editado por Patricia Gnipper | 05 de Junho de 2023 às 16h47

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ESA
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A Agência Espacial Europeia criou um dispositivo para estudar como a microgravidade afeta técnicas de preparo de alimentos, como a fritura. Além de ajudar a diversificar as refeições dos astronautas em missões espaciais, os resultados podem contribuir também para preencher lacunas nos conhecimentos sobre alimentação na Terra e no espaço.

O dispositivo usado nos experimentos tem estrutura parecida com a de um carrossel, e foi criado para funcionar com segurança mesmo na microgravidade. Ele funciona autonomamente e conta com uma câmara de fritura que mantém pressão constante, evitando vazamentos de óleo quente.

Para os experimentos, pesquisadores da Universidade de Thessaloniki, na Grécia, usaram o dispositivo em dois voos parabólicos, em que uma aeronave voa em trajetória de arco para criar breves momentos de sensação de ausência de peso. Eles colocaram batatas no dispositivo e óleo quente, e filmaram o processo com uma câmera especial.

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A câmera capturou os movimentos, tamanho e distribuição das bolhas em meio ao óleo, registrando a velocidade de escape com que as bolhas deixam as batatas, além da velocidade e direção delas no óleo. Eles coletaram medidas da temperatura do óleo e do interior das batatas.

Eles não sabiam se a fritura iria funcionar sem a gravidade, mas descobriram que, pouco após as batatas serem adicionadas ao óleo na microgravidade, as bolhas de vapor foram liberadas com tanta facilidade quanto ocorre nas condições normais na Terra. Mais pesquisas são necessárias sobre o processo, mas o experimento indica que futuros astronautas podem ter cardápios mais variados durante suas missões.

“Além da nutrição e conforto, estudar o processo de fritar no espaço pode levar a avanços em áreas variadas, desde o processo de fervura tradicional até a produção de hidrogênio a partir da energia solar, na microgravidade”, explicou John Lioumbas, membro da equipe do estudo.

O artigo que descreve as descobertas foi publicado na revista Food Research International.

Fonte: ESA