Perseverance perfura o solo de Marte pela primeira vez para coletar amostras
Por Danielle Cassita | Editado por Patricia Gnipper | 06 de Agosto de 2021 às 15h40
O rover Perseverance, da NASA, pousou em Marte no dia 18 de fevereiro para estudar a geologia do planeta e procurar bioassinaturas na cratera Jezero, caso tenham realmente existido. Desde então, o rover segue trabalhando a todo vapor e, nesta sexta-feira (6), ele enfim perfurou o solo do Planeta Vermelho pela primeira vez, para coletar as primeiras amostras de sua missão. Esse foi o primeiro passo de um procedimento que deverá se estender por 11 dias.
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“Minha primeira perfuração em Marte!”, escreveram os oficiais da missão no perfil do Perseverance no Twitter, como se fosse o rover se expressando pela rede social. “Coletar e armazenar amostras de rochas é uma tarefa grande e complexa, e esse é um passo enorme. O próximo será: processamento”, concluíram. Se tudo acontecer conforme o planejado pela equipe, a coleta deverá ser finalizada no dia 18 de julho, data que marca seis meses após o pouso do rover.
O procedimento rendeu uma imagem feita pelo instrumento Left Navigation Camera (Navcam), localizado no topo do mastro do rover.
Confira:
Esta foi a primeira amostra de cerca um total aproximado de 35 delas, que ainda serão coletadas. A equipe anunciou também que a amostra obtida pelo rover pode ser a mais antiga já identificada desde quando iniciou seu trabalho. Agora, resta descobrir se esta é uma rocha vulcânica ou formada por camadas de sedimentos que se acumularam. Aliás, perfurar o solo não deve ser uma tarefa complexa para o Perseverance, já que o Curiosity, seu antecessor, realizou essa mesma tarefa várias vezes ao longo de seus nove anos em Marte. Ou seja: a NASA já tinha experiência nesse tipo de atividade.
Contudo, há algumas diferenças: o Curiosity selecionou rochas que seriam perfuradas e estudadas com seus instrumentos, enquanto o Perseverance irá analisar o material e armazená-lo em recipientes, que serão coletados através de uma missão futura realizada em uma colaboração entre a NASA e a Agência Espacial Europeia. Se tudo correr bem, o material deverá chegar à Terra no início da década de 2030.
Fonte: Space.com