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Painel solar da sonda Lucy parece não ter se desdobrado corretamente

Por| Editado por Patricia Gnipper | 26 de Janeiro de 2022 às 15h40

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O motivo provável para um dos painéis solares da missão Lucy, da NASA, não ter ficado na posição correta após o lançamento, parece ser a abertura dele. O painel parece ter sido desenrolado em 347º, ao invés de 360º. As informações são de Hal Levison, investigador principal da missão, que comentou o ocorrido durante a reunião Small Bodies Assessment Group, realizada nesta terça-feira (25). Segundo ele, o problema não deverá afetar os estudos da missão.

Logo após seu lançamento em outubro, a missão Lucy implantou dois grandes painéis solares circulares, projetados para se abrirem como ventiladores e ficarem travados na posição correta. O painel -Y foi implantado corretamente, mas o +Y, não — e a causa disso parece ter sido sua abertura em 347º. O procedimento de abertura deles ocorre através de um motor que puxa uma corda, girando uma parte do painel até colocá-lo no lugar.

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Segundo Levison, é possível que o painel +Y tenha sofrido uma perda de tensão na corda durante sua implantação, que fez com que caísse e se enrolasse no eixo do motor. Ainda há 75 cm da corda restantes para puxar. “Isso corresponde muito bem aos dados, então estamos confiantes em que foi isso que aconteceu”, disse ele. Uma possível causa para a perda de tensão é a interação dinâmica entre os dois painéis, durante o procedimento.

Possíveis soluções para o painel solar da Lucy

Apesar do problema, a Lucy está produzindo mais de 90% da energia esperada e a equipe considera que ela não terá problemas de energia ao longo de sua missão. Assim, eles estão considerando duas alternativas: uma delas é ativar os motores para tentar usar o que sobrou da corda e, assim, travar o painel na posição correta. “Estamos quase lá, então acredito que se puxarmos um pouco mais, podemos conseguir travá-lo”, sugeriu ele. Apesar de o motor poder puxar mais forte, os engenheiros querem avaliar os riscos do procedimento antes de tentar.

Outra opção é deixar o painel solar do jeito que está. Como ele pode gerar energia suficiente sem estar totalmente implantado, Levison afirmou que os engenheiros querem estudar a integridade do componente nessa configuração mesmo, durante os acionamentos principais do motor. “Até aqui, a análise parece boa, e devemos conseguir fazer pelo menos alguns acionamentos do motor que planejamos”.

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Como ainda deverá demorar até o acionamento do motor, não há pressa para a equipe decidir se realizarão uma nova tentativa de implantar o painel ou se o deixam como está. Além disso, a avaliação corresponde a uma atualização publicada pela NASA no dia 12 de janeiro, onde a agência espacial descreve que o plano atual da missão dá apoio a uma tentativa de travá-lo em abril.

"Sustos" com painéis solares à parte, Levison acrescentou que todos os outros aspectos da nave, como seus instrumentos, estão funcionando bem. “Exceto por este problema, a nave está realmente arrasando”, disse ele. “Os instrumentos e a própria nave estão todos se comportando nominalmente”.

Ao longo de sua missão, a Lucy visitará 8 asteroides troianos, considerados "cápsulas do tempo" da formação do Sistema Solar. Durante sua missão, a sonda deverá viajar por quatro anos até chegar ao asteroide Donaldjohanson e, depois, seguirá viagem ao primeiro grupo de troianos, alcançando-o em 2027. Os asteroides do segundo grupo devem ser estudados em 2033.

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Fonte: SpaceNews