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NASA lança missão Lucy, a primeira que estudará 8 asteroides de uma só vez

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA/Bill Ingalls
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Neste sábado (16), a NASA lançou a missão Lucy, a primeira da agência espacial com destino aos asteroides troianos, sendo também a primeira alimentada por energia solar que irá viajar para tão longe do Sol para estudar oito asteroides — trata-se da maior quantidade de rochas já analisadas em uma só missão. A sonda foi lançada às 6h34 (horário de Brasília) a bordo de um foguete Atlas V, da United Launch Alliance.

Cerca de uma hora após o lançamento, a Lucy se separou do segundo estágio do foguete e implantou seus painéis solares depois de aproximadamente 30 minutos. Contudo, uma atualização da NASA publicada no último domingo (17) sugere que algo pode não ter corrido conforme o planejado nesta etapa. A nave segue em boas condições, mas um de seus painéis solares pode não ter sido totalmente travado após a implantação. 

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De acordo com a agência espacial, os dois painéis solares estão gerando energia e não foram identificados outros problemas. “A equipe está analisando os dados para entender a situação e determinar os próximos passos para alcançar a implantação completa dos painéis solares”, explicaram os oficiais da agência espacial. Felizmente, cerca de uma hora após o lançamento, a Lucy enviou um sinal que foi recebido através da rede Deep Space Network, e segue viagem a cerca de 108 mil km/h.

Durante sua missão, a Lucy irá ajudar os cientistas a estudar dois grupos de asteroides troianos. Eles são considerados remanescentes do material que formou os planetas gigantes e, assim, estudá-los é uma forma de descobrir mais sobre a formação e a evolução do Sistema Solar. Para isso, a sonda irá estudar troianos de um grupo que viaja à frente de Júpiter, e outro que fica atrás do planeta — alguns deles são acinzentados, enquanto outros mostram cores avermelhadas, o que sugere diferenças na distância a que estavam do Sol quando se formaram. 

Agora, a Lucy viaja rumo a uma órbita em torno do Sol, que a trará de volta para os arredores da Terra em outubro de 2022 para uma manobra de assistência gravitacional, que vai ajudá-la a conseguir aceleração e direcionamento para além da órbita de Marte. Depois, a sonda retornará para uma nova manobra na Terra em 2024 para seguir rumo ao asteroide  Donaldjohanson e alcançá-lo em 2025. Em seguida, a Lucy seguirá para encontrar os troianos à frente de Júpiter em 2027 e, depois de seus primeiros sobrevoos, ela retornará para outra manobra de assistência gravitacional na Terra, que irá auxiliá-la a chegar ao outro grupo de asteroides em 2033. 

Fonte: SpaceNews, Science Alert, NASA