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OVNIs podem ter exibido "anomalias da física", afirmam cientistas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Março de 2023 às 11h20

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Captura de Tela/Exército dos EUA/The Debrief
Captura de Tela/Exército dos EUA/The Debrief

OVNIs (sigla para “objetos voadores não identificados”) observados recentemente teriam desafiado as leis da física e, ainda, objetos interestelares seriam capazes de liberar sondas no Sistema Solar. É o que propõem Avi Loeb, físico da Universidade de Harvard, e Sean Kirkpatrick, diretor do Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios, em um artigo preliminar divulgado no início do mês.

O texto traz especulações sobre como e por que formas de vida extraterrestres viriam para o Sistema Solar, e discute possíveis processos físicos envolvidos no processo. Resumidamente, a fricção gerada pelos fenômenos aéreos não identificados (ou “UAPs”, sigla normalmente usada por cientistas e oficiais dos Estados Unidos para descrever estes objetos) com o ar ou água nos arredores deveria ter gerado fenômenos ópticos, como uma bola de fogo e um envelope de ionização.

Depois, a ocorrência destas formações deveria gerar emissões em ondas de rádio, mas nada do tipo foi observado. Para eles, isso não significa que as possíveis naves espaciais alienígenas seriam formadas por algum material desconhecido para os humanos, mas sim que falta sensibilidade nos instrumentos disponíveis atualmente, que não seriam capazes de identificar as assinaturas.

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Ainda no artigo, os autores relembram a passagem do objeto interestelar Oumuamua e do meteoro interestelar IM1, e levantam a possibilidade de que objetos interestelares sejam como “naves-mãe” capazes de liberar várias sondas pequenas durante passagens perto da Terra. O mecanismo de liberação das sondas seria parecido com aquele dos dentes-de-leão, que soltam várias sementes no ar de uma só vez.

Vale lembrar que Loeb é rodeado por controvérsias quando o assunto envolve busca por vida extraterrestres ou a origem de visitantes interestelares. Basta relembrar que, enquanto os astrônomos tentavam determinar as propriedades de Oumuamua, Loeb especulou que, na verdade, o objeto seria uma espécie de veleiro espacial alienígena, sendo que não havia evidências de que sua natureza fosse artificial.

“As observações típicas de UAP estão longe demais para permitirem imagens definidas do objeto, e a determinação do movimento dele é limitada pela falta de dados de alcance”, acrescentaram. Eles destacam que, caso algum dos fenômenos tenha origem extraterrestre, há limites práticos para a interpretação dos dados observados e medidos, como resultado de restrições físicas.

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O artigo foi disponibilizado no repositório da Universidade de Harvard, sem revisão de pares.

Fonte: Universidade de Harvard