Oito locais da Lua são nomeados, incluindo onde pousou a missão Chang’e 5
Por Wyllian Torres • Editado por Patricia Gnipper |
Em dezembro do ano passado, a missão chinesa Chang’e 5 pousou no monte Mons Rünker, uma formação vulcânica na parte noroeste do lado mais próximo da Lua — retornando para a Terra 23 dias depois, com uma cápsula cheia de amostras lunares. Após aprovação da União Astronômica Internacional (IAU), em 24 de maio deste ano, o local de pouso da missão passou a se chamar Statio Tianchuan. Outros sete locais próximos também tiveram seus nomes aprovados.
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No latim, Statio significa posto ou estação e esse mesmo nome é usado para designar outros locais de pouso na Lua, como o da Apollo 11, da NASA, que se chama Statio Tranquillitatis, ou Statio Tianhe, localizado no lado afastado do nosso satélite natural, onde pousou a cápsula da missão chinesa anterior, a Chang’e 4. Já Tianchuan, significa “navio que navega pela Via Láctea", e é o nome do grupo das nove estrelas mais brilhantes da parte oriental da constelação de Perseu.
A missão Chang’e 5 pousou em 1º de dezembro do ano passado numa região a noroeste do lado mais próximo da Lua. Ali, a sonda coletou 1,73 kg de amostras da superfície lunar e as acomodou numa cápsula, que foi levada ao módulo orbital para ser trazida à Terra em 16 de dezembro. Próximo a Statio Tianchuan, outras sete feições topográficas também foram nomeadas: dois picos chamados Mons Hua e Mons Heng, e cinco crateras, chamadas Pei Xiu, Shen Kuo, Liu Hui, Song Yingxing e Xu Guangqi.
Os nomes das crateras são todos inspirados em astrônomos, cientistas e matemáticos chineses dos últimos 1.800 anos. Mons Hua e Mons Heng, são nomes de montanhas da China.
Agora, a missão Chang’e 5 continua aqui da Terra, analisando as amostras que vieram da Lua. Parte do que foi coletado na superfície lunar foi disponibilizada para que outras instituições da China pudessem fazer pesquisas e, provavelmente, este mesmo material estará disponível para análises internacionais. Enquanto isso, o orbitador Chang’e 5 segue realizando testes a partir do espaço entre a Terra e o Sol, numa localização conhecida como Ponto de Lagrange L1.
A IAU disponibilizou o mapa em alta resolução, com os locais recém-nomeados, na Gazetteer of Planetary Nomenclature.