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Observatório Vera Rubin encontrará dezenas de objetos interestelares

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Agosto de 2023 às 18h43

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 Rubin Observatory/NSF/AURA
Rubin Observatory/NSF/AURA

Encontrar objetos interestelares no Sistema Solar vai ser rotina a partir de 2025 — ao menos essa é a expectativa dos pesquisadores que aguardam as primeiras luzes do telescópio instalado no observatório Vera C. Rubin. Embora seja difícil prever quantos visitantes de outras estrelas serão detectados, deve haver uma multidão deles aguardando serem descobertos.

A descoberta de objetos interestelares, isto é, vindos de outras estrelas além do Sol, despertou o interesse de muitos astrônomos na busca por mais visitantes. Estima-se que são dezenas de milhares deles passando pelo Sistema Solar após serem “expulsos” de seus próprios sistemas estelares devido à gravidade dos grandes planetas.

O problema é que esses corpos são tão fracos que os cientistas consideram praticamente impossíveis detectá-los com os instrumentos atuais. Isso pode mudar com a pesquisa Legacy Survey of Space and Time (LSST), a ser realizada no Observatório Vera C. Rubin, no Chile.

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Por enquanto, apenas dois deles foram detectados e confirmados enquanto viajavam em nosso quintal cósmico — o 1I/'Oumuamua e o cometa 2I/ Borisov —, observados porque os telescópios estavam apontados para o lugar certo, na hora certa. Porém, eles são tão pequenos que é muito difícil simplesmente procurá-los.

Já o Vera Rubin, que vai ter um telescópio com 8,4 metros de diâmetro e a maior câmera já construída para astronomia, vai poder observar o céu noturno inteiro em poucas noites. Ele promete grandes chances de flagrar algumas dezenas de visitantes interestelares passando pelo Sistema Solar interno.

Para pesquisadores como Michele Bannister, da Universidade de Canterbury em Aotearoa, Nova Zelândia, membro LSST, “uma rocha de outro sistema estelar é uma sondagem direta de como a formação planetesimal ocorreu em outra estrela, portanto, tê-los vindo até nós é muito legal”. Estima-se que existam trilhões deles por toda a Via Láctea, e mesmo uma pequena fração disso passando pelo Sistema Solar deve ser uma quantidade considerável.

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A pesquisa do LSST deve durar pelo menos dez anos, começando já em 2025, com a expectativa de que objetos interestelares ensinem muito sobre os sistemas de onde vieram. Assim como os asteroides formados ao redor do nosso Sol, eles carregam consigo informações importantes sobre suas estrelas-mãe e o ambiente de poeira onde se formaram. Em última análise, vão ser importantes para conhecermos mais sobre o nosso próprio Sistema Solar.

Fonte: NOIRLab