Telescópio do Vera Rubin está pronto para receber novo espelho
Por Daniele Cavalcante • Editado por Patricia Gnipper |

O Observatório Vera C. Rubin acaba de completar a etapa de montagem do telescópio Simonyi Survey, que ficou pronto para receber seu espelho de 8,4 metros de diâmetro e a câmera LSST de 3.200 megapixels. Isso significa que a parte da engenharia das instalações foi aprovada em todos os testes e está funcionando conforme previsto.
- Veja a capacidade monstruosa do telescópio Nancy Grace Roman em nova simulação
- Qual a diferença entre telescópio profissional e amador?
Com estrutura fabricada e montada na fábrica da Asturfeito, Espanha, o observatório terá como parte de suas missões investigar a matéria escura e a energia escura. A LSST, a maior câmera digital já construída para astronomia, poderá “filmar” o céu e as mudanças cósmicas ao longo dos anos, em tempo real.
Isso será possível devido ao design inovador, que conseguiu encurtar o comprimento do telescópio em comparação com outros que também possuem espelhos de 8 metros. Assim, ele poderá se mover mais rapidamente para cobrir diferentes áreas do céu em menores intervalos de tempo.
Após a fabricação na Espanha, a estrutura foi enviada para o Chile e sua instalação começou no final de 2019. Nos últimos meses, a equipe de observação do Rubin testou o hardware e o software instalados para estudar a precisão com que o telescópio aponta e rastreia objetos no céu.
Outros testes foram realizados pela equipe Rubin Systems Engineering para garantir que o telescópio está atendendo a todos os requisitos técnicos, nos detalhes mais minuciosos possíveis, e que esteja preparado para as próximas etapas. Completadas essas verificações, a equipe determinou que todo o sistema atendeu às especificações até o momento.
Com isso, a equipe se prepara para a próxima fase, onde será instalada a célula de espelho primário-terciário e o espelho substituto na estrutura do telescópio. Tudo isso para que ele consiga realizar seu objetivo de observar o céu durante uma década a partir de 2025.
Essa missão, chamada Legacy Survey of Space and Time, coletará e processará mais de 20 terabytes de dados todas as noites e até 10 petabytes por ano durante 10 anos. A velocidade de movimentação do telescópio vão permitir que ele forneça novas informações sobre riscos de asteroides, estude cerca de 30 bilhões de estrelas, galáxias e aglomerados, e muito mais.
Fonte: NOIRLab