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O que esperar para o futuro próximo da Estação Espacial Chinesa?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 07 de Julho de 2021 às 14h10

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China Manned Space Engineering Office
China Manned Space Engineering Office

A China lançou a missão Shenzhou-12 em junho, levando um trio de astronautas ao módulo Tianhe, o primeiro da futura estação espacial Tiangong-3. Eles são os primeiros a ocupar as novas instalações e, durante os três meses de missão, têm diversas atividades pela frente. Após realizar o primeiro spacewalk na nova estação, os tripulantes estão configurando o módulo para as próximas tripulações que forem para lá.

Lançado no fim de abril, o módulo Tianhe é o central da nova estação. Como ainda falta uma série de missões para a China avançar na montagem do novo posto orbital, que será concluído somente no ano que vem, os taikonautas — o nome dado aos astronautas chineses — têm várias tarefas a realizar. Yang Liwei, designer chefe do programa espacial tripulado da China, comentou que “somente em relação aos parafusos, eles têm mais de 1.000 para remover”.

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O Tianhe tem, em seu interior, todos os sistemas necessários para manter tripulações no espaço durante longos períodos. Há sistemas de suporte à vida, áreas sanitárias e para descanso, unidades de gerenciamento de energia elétrica, equipamentos de combate a incêndio e, claro, uma cozinha — que, aliás, está abastecida com mais de 120 diferentes tipos de alimentos para a tripulação atual, que trabalha seis dias por semana.

No ano que vem, quando estiver finalizada, a estação Tiangong-3 terá formato parecido com a da letra “T” e terá peso equivalente a mais de 60 toneladas. Futuramente, as instalações vão poder comportar três tripulantes para longos períodos no espaço, oferecendo também suporte a caminhadas espaciais e experimentos científicos. Estes experimentos poderão ser montados tanto na área interna dos módulos pressurizados quanto nos componentes externos, em contato com o espaço.

Parte desses experimentos ficará por conta de parceiros internacionais, que se destacam nesta nova empreitada chinesa. Há nove experimentos de outros países já selecionados pela Administração Espacial Nacional da China, a agência espacial da China, que serão instalados na estação nos próximos anos. Além disso, o país conta com mais de 40 solicitações de interesse vindas de diferentes nações — entre as selecionadas, está o POLAR-2, um sensor que irá estudar a luz das rajadas de raios gama, feito em colaboração entre a Europa e a China. Outro é o projeto “Tumours in Space”, liderado por pesquisadores noruegueses que vão analisar como a microgravidade e a radiação no espaço afetam o crescimento de tumores.

Fonte: The Conversation