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NASA cria mapas para auxiliar rover que irá procurar água na Lua em 2023

Por| Editado por Patricia Gnipper | 15 de Julho de 2021 às 17h15

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NASA Ames/Daniel Rutter
NASA Ames/Daniel Rutter
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Em 2019, a NASA oficializou os planos de enviar o rover VIPER (Volatiles Investigating Polar Exploration Rover) para a Lua, com o objetivo de procurar água por lá como parte do programa Artemis. Agora, a equipe de planejamento da missão está desenvolvendo mapas digitais de alta resolução, que irão ajudar o rover robótico a se deslocar com mais eficiência e segurança em nosso satélite natural. O lançamento deverá acontecer em 2023 e será feito pela Astrobotic, que fechou um contrato de US$ 199,5 milhões com a NASA no ano passado.

Este será o primeiro rover robótico com a capacidade de "farejar" a água e outros compostos essenciais para missões tripuladas futuras, bem como para a permanência sustentável da humanidade em nosso satélite natural. Por isso, os membros da equipe responsáveis por manter o rover em funcionamento estão curiosos para ver os desafios que aguardam o veículo no dia a dia. “As sombras se movem pelo polo sul da Lua quase na velocidade do rover”, comentou Mark Shirley, líder de planejamento de operações.

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Por isso, o planejamento precisa ser conduzido com antecedência e bastante cuidado. É aqui que entram os mapas: eles foram produzidos na escala de 1 m e fornecem um modelo tridimensional de grandes áreas do polo sul lunar, mostrando também as mudanças de luz e temperatura no ambiente. Assim, os mapas irão ajudar o rover a evitar partes perigosas das crateras lunares, e fornecerão informações importantes para a equipe da missão garantir que as baterias do rover vão ficar sempre carregadas.

Anthony Colaprete, cientista de projeto do VIPER, comenta que o rover vai explorar os ambientes mais dinâmicos da Lua, e precisa estar preparado para isso. "É por isso que criamos esses mapas únicos, em escala humana, para nos ajudar a planejar rotas para o rover enquanto ele opera com segurança e coleta a maior ciência possível", explica ele. Os mapas estão sendo desenvolvidos com o uso do software Stereo Pipeline, somado ao supercomputador Pleiades, cujo poder de processamento permite sobrepor as milhares de imagens já produzidas pelas câmeras da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter.

Depois, estas ferramentas são unidas à fotoclinometria, técnica em que os ângulos de incidência da luz solar são combinados a diferentes níveis de escalas de cinza, presentes em várias imagens bidimensionais. Assim, é possível inferir como são as formas da superfície lunar e criar modelos em três dimensões, que permitem que os engenheiros calculem como a luz e sombra interagem em diferentes momentos — ou seja, é possível prever como estarão as condições de iluminação no momento de pouso do rover.

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Até o momento, os mapas já revelaram formações de interesse científico, como as “mini armadilhas de gelo”, que vêm chamando a atenção de cientistas. “Pensávamos que o gelo de água se acumulava somente nas crateras profundas e escuras na Lua’, explicou Colaprete. “Agora, acreditamos que até as crateras pequenas e sombrias podem ser frias o suficiente para reter moléculas de água”, finaliza. Como as armadilhas são bem mais comuns que os depósitos de gelo maiores, entender o armazenamento de água nelas é importante para saberem mais sobre o comportamento da água na Lua.

Fonte: NASA